Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Wallace Lucas
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Orientador(a): |
Pereira, João Márcio Mendes
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Banca de defesa: |
Pereira, João Márcio Mendes
,
Heinz, Flavio Madureira
,
Medeiros, Leonilde Servolo de
,
Alentejano, Paulo Roberto Raposo
,
Silva, Claiton Marcio da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10088
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Resumo: |
Esta pesquisa trata da Lei Federal nº 5.465, de 3 de julho de 1968, conhecida popularmente como ―Lei do Boi‖. A norma criou um sistema de reserva de vagas nas instituições de ensino médio e superior mantidas pela União, nos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária a candidatos, agricultores ou filhos destes, que comprovassem relação com a agropecuária, fosse mediante posse, uso ou propriedade da terra, sindicalização ou residência em áreas rurais, e no caso dos postulantes ao ensino superior, aos que tivessem realizado o ensino médio em escolas técnicas agrícolas ou agropecuárias. Proposta pelo Deputado Ultimo de Carvalho (ARENA/MG) e promulgada no contexto da intensificação das relações capitalistas no campo – processo que se denominou de modernização da agropecuária brasileira –, a lei tinha como justificativa levar o jovem do campo para as instituições de ensino para que ele, de posse do capital cultural, pudesse transformá-lo em produtividade. Utilizando o referencial teórico de Pierre Bourdieu, entendemos que a ―Lei do Boi‖ foi empregada como uma estratégia de reprodução social de diversos segmentos ligados à propriedade fundiária. Para tanto, realizou-se um levantamento dos beneficiários da ―Lei do Boi‖ em uma de suas destinatárias: a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A partir da análise de alunos dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária que ingressaram pela referida lei na instituição, observamos como ela beneficiou de forma significativa jovens cujo capital econômico, materializado em latifúndios e empresas rurais, e cultural, representado pelo capital familiar, fez parte de suas trajetórias, configurando uma prática de reprodução social dos grupos dominantes ligados ao universo rural. |