Aplicação pós-colheita de giberelina e etileno e seu efeito no despencamento e parâmetros de qualidade de tomate italiano em cacho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rafael, Diego Dias lattes
Orientador(a): Coneglian, Regina Celi Cavestré lattes
Banca de defesa: Coneglian, Regina Celi Cavestré, Médici, Leonardo de Oliveira, Silva, Otniel Freitas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13707
Resumo: O presente trabalho objetivou avaliar a influência da aplicação pós-colheita de ácido giberélico (GA3) e a combinação de GA3 e etileno em tomates italianos cv. BRS Nagai cultivados sob sistema TOMATEC, visando a comercialização dos frutos no cacho. Foram avaliados parâmetros físico-químicos, processo de abscisão, atividade enzimática na região de abscisão dos frutos e avaliação da formação da zona de abscisão (ZA) por microscopia ótica em cachos de tomate durante o período de armazenamento. O tomateiro (Solanum lycopersicum L.) difundiu-se por todo o mundo, ocupando lugar de destaque entre os produtos hortícolas. O processo de abscisão é definido pela separação de células no material vegetal sendo regulada pelo balanço hormonal na região de abscisão, regulando a atividade de enzimas hidrolíticas como a pectinametilesterase (PME) e poligalacturonase (PG), responsáveis por alterações em componentes da parede celular. Foi verificada a influência do etileno como favorecedor do processo de abscisão enquanto que a giberelina vem sendo amplamente estudada com a finalidade de aumentar a fixação de frutos em diversas culturas. Devido à escassez de trabalhos com aplicação pós-colheita de ácido giberélico (GA3), em frutos de tomateiro, realizou-se o experimento 1 para verificação do comportamento dos frutos em função do tratamento empregado. Cachos de tomate cv. BRS Nagai foram colhidos no estádio verde maduro, contendo de 3 a 7 frutos por cacho, e foram tratados com 90 mg.L-1 de GA3 por borrifação direcionada para região de abscisão do fruto, sendo armazenados em condições ambiente (24º ± 3ºC e 75 ± 4% UR) durante 15 dias. Não observou interação significativa entre tratamento e período de armazenamento para nenhuma característica avaliada. Para o experimento 2 foram colhidos cachos padronizados com 4 frutos, no estádio verde maduro. Realizou-se a aplicação de 90 mg.L-1 de GA3, via imersão total dos cachos, durante 2 minutos, imediatamente após a colheita e armazenados sob condição ambiente (24º ± 3ºC 75 ± 4% UR). O tratamento com etileno foi realizado no primeiro dia de armazenamento com aplicação de 150 mL.L-1 durante 24 horas, à temperatura de 24º ± 2ºC e umidade relativa de 95 ± 5%. Os resultados apresentaram interação significativa entre os tratamentos e o período avaliado para as características de firmeza instrumental (N), resistência ao despencamento (N), cor - em função da coordenada de cromaticidade a* e pH. Para avaliação da formação da zona de abscisão, foram colhidos cachos padronizados com 3 frutos por cacho e tratados da mesma maneira conforme descrito para o experimento 2. A ZA foi avaliada por microscopia ótica aos 2, 12 e 19 dias de armazenamento. As imagens obtidas possibilitam observar a influência do etileno como favorecedor da formação da ZA e o processo de abscisão enquanto que o GA3 retardou a formação da mesma, retardando o processo de abscisão.