Efeito da eCG e do GnRH na indução da puberdade e na sincronização do estro em marrãs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Labêta, Camilla Pereira de Souza lattes
Orientador(a): Mello, Marco Roberto Bourg de lattes
Banca de defesa: Mello, Marco Roberto Bourg de, Vieira, Antônio Assis, Silveira, Renato Luiz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20408
Resumo: A puberdade precoce propicia a oportunidade de dois ou três ciclos estrais antes da primeira cobertura contribuindo na preparação do útero pela ação da progesterona. Os hormônios exógenos podem induzir a puberdade nas marrãs e facilitar a sincronização em um grupo de marrãs de reposição, reduzindo o trabalho associado à detecção de estro. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos do uso de protocolo hormonal na indução da puberdade em marrãs pré-púberes e avaliar a taxa de prenhez e tamanho de leitegada de marrãs pré-púberes após indução do estro com eCG + GnRH. Foram utilizadas 30 marrãs com 140 dias de idade e peso médio de 80kg oriundas do setor de suinocultura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. As marrãs foram distribuídas ao acaso em dois tratamentos, TH: 1000U1 de eCG + 50µg GnRH, 80 horas após a aplicação prévia do eCG (N=15); controle: indução do estro pela presença do macho através do diagnóstico positivo do Reflexo de Tolerância ao Homem (RTEI) (N=15). Após a indução da puberdade, no segundo estro aparente, as marrãs foram inseminadas duas ou três vezes com intervalo de 12 horas entre as inseminações. A detecção de prenhez foi realizada de 18 a 24 dias após o estro, através da observação do retorno ao estro. Durante a parição, o tamanho da leitegada, peso médio dos leitões, assim como o número de nascidos mortos e mumificados foram analisados. A variável taxa de prenhez foi submetida ao teste de Qui-quadrado (x2), enquanto as variáveis idade ao primeiro estro, peso à cobertura e duração do primeiro e segundo estro, tamanho da leitegada, peso médio dos leitões e número de mortos e mumificados, foram analisados pelo teste “T” com nível de significância de 5%. O tratamento hormonal (TH) induziu a puberdade em 100% das marrãs em quatro dias. Houve diferença na idade ao primeiro estro (P<0.0001) e no peso a cobertura (P=0,0065), onde os animais do controle apresentaram o primeiro estro mais tardiamente e maior peso a cobertura do que os animais com o tratamento hormonal, (167d vs. 143d; 117kg vs. 102Kg, respectivamente). Contudo, não houve diferença (P>0,05) entre o TH e controle na duração do primeiro e do segundo estro (54 vs. 49 horas; 45 vs. 36 horas, respectivamente), na taxa de prenhez (100% vs. 86%, respectivamente), no tamanho da leitegada, peso médio dos leitões e no número de leitões mortos e mumificados entre os animais com tratamento hormonal e o controle (9,0 vs. 9,8 leitões; 1,3kg vs. 1,3kg; 3,0 vs. 2,3 mortos e mumificados, respectivamente). Conclui-se que o uso do eCG associado ao GnRH foi eficaz em induzir a puberdade precoce em marrãs a partir de 140 dias de idade dias de idade, permitindo que a puberdade ocorresse aos 144 dias, além de possibilitar a sincronização do estro, sem que houvesse prejuízos na taxa de prenhez, no tamanho da leitegada e no peso médio dos leitões.