Avaliação do potencial antioxidante de derivados triazólicos inibidores da acetilcolinesterase em células de Saccharomyces cerevisiae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Grillo, Danniel Cosme Neves lattes
Orientador(a): Riger, Cristiano Jorge lattes
Banca de defesa: Riger, Cristiano Jorge lattes, Gomes, Daniela Cosentino lattes, Pereira, Marcos Dias lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14662
Resumo: A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva conhecida pela perda de memória e dificuldade com a linguagem. Ela é formada por um conjunto de fatores patológicos e dentre eles destacam-se o déficit colinérgico e o estresse oxidativo. O estresse oxidativo é caracterizado pelo desequilíbrio entre a geração de radicais livres e/ou espécies reativas não radicalares e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. Atualmente, o principal tratamento da doença de Alzheimer consiste no uso de inibidores das enzimas colinesterásicas. Entretanto, devido à natureza multifatorial da doença e de muitos candidatos a fármacos não terem sido bem-sucedidos, uma nova abordagem tem se destacado, os chamados compostos “multialvos”. Portanto, este trabalho avaliou a proteção antioxidante de quatro compostos novos contendo o núcleo 3-amino-1,2,4-triazol-N-1,5-trissubstituídos inibidores de colinesterases em duas cepas de Saccharomyces cerevisiae (BY4741 e ∆gsh1) com estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio. Analisou-se inicialmente a toxicidade dos compostos através do ensaio semi-qualitativo com resazurina e de curvas de crescimento celular. Os ensaios antioxidantes foram TBARS e oxidação intracelular por 2,7’-diclorofluoresceína. No ensaio da resazurina não houve toxicidade dos compostos nas duas cepas em concentrações inferiores a 250 μM. As curvas de crescimento confirmaram essa não toxicidade na concentração de 20 μM dos compostos por 24h. Na cepa BY4741 todos os compostos reduziram os níveis de MDA entre 30-40%, entretanto na cepa ∆gsh1 apenas os compostos contendo substituintes fenólicos foram ativos (25%). Na avaliação de proteção ao ambiente intracelular, apenas na cepa ∆gsh1 em fase fermentativa do crescimento houve redução significativa de espécies oxidantes promovidas pelos compostos, com destaque ao composto com substituinte nitro (27%). No ensaio de consumo de oxigênio não foi possível concluir a capacidade de proteção mitocondrial das substâncias, pois não houve diferença estatística entre os tratamentos, em ambas as cepas. Os resultados demonstraram que os triazóis não foram tóxicos e forneceram proteção antioxidante mesmo com ausência de glutationa em células de S. cerevisiae.