Estado e desenvolvimento na Amazônia: a inclusão amazônica na reprodução capitalista brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Marques, Gilberto de Souza lattes
Orientador(a): Botelho, Gilberto Garcia lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9511
Resumo: A Amazônia viveu uma crise em sua economia desde que a produção de borracha entrou em decadência a partir de 1911. As ações estatais federais em relação à região se mantiveram em proporções modestas até os anos 1950. Desta década em diante a ação estatal começa a mudar e é intensificada na década de 1960 e, principalmente, nos anos 1970 com os governos militares. Constituiu-se, então, um projeto nacional para a Amazônia que a colocou como produtora de produtos naturais, destacadamente minerais e voltados para o mercado internacional. Com os grandes projetos as decisões importantes sobre o desenvolvimento regional foram tomadas fora da região, na associação Estado brasileiro, grande capital privado nacional e capital multinacional. Respondia-se assim às necessidades da acumulação capitalista brasileira. Neste processo a Sudam e a burguesia regional foram deslocadas do centro de decisões sobre a Amazônia, ficando à margem do mesmo. Assim, diferentemente da idéia comum, não acreditamos que devamos buscar a crise do modelo de desenvolvimento e planejamento amazônico e da própria Sudam somente nos anos 1980-1990. Suas razões explicativas estão assentadas principalmente no projeto nacional definido para a Amazônia nas décadas anteriores, particularmente nos anos 1970. A inserção amazônica no desenvolvimento capitalista brasileiro representou um projeto, antes de tudo, voltado para o capital e, em muitos aspectos, apresentou uma face mais conservadora que a chamada modernização conservadora nacional.