Produção de gongocompostos e sua utilização como substrato para produção de mudas de alface

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Antunes, Luiz Fernando de Sousa lattes
Orientador(a): Correia, Maria Elizabeth Fernandes
Banca de defesa: Correia, Maria Elizabeth Fernandes, Guerra, José Guilherme Marinho, Berbara, Ricardo Luis Louro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10553
Resumo: O gongocomposto é um substrato 100% constituído por composto orgânico gerado pela atividade de diplópodes da espécie Trigoniulus corallinus, popularmente conhecidos como gongolos, que são grandes consumidores de serrapilheira e garantem a ciclagem de nutrientes para o solo. A geração de resíduos lignocelulósicos é crescente e nem sempre há a destinação correta destes resíduos. A gongocompostagem é uma alternativa amiga do meio ambiente, que viabiliza a produção de compostos orgânicos a partir de diferentes resíduos agrícolas para posterior uso como substrato na produção de hortaliças. Nesse sentido, este trabalho se dividiu em três etapas, cujos objetivos foram: avaliar o consumo de resíduos agrícolas e urbanos pelo diplópode Trigoniulus corallinus (Capítulo I); avaliar a eficiência dos gongocompostos produzidos a partir de resíduos agrícolas e urbanos, em diferentes tempos de compostagem pela atividade dos diplópodes Trigoniulus corallinus, como substratos para a produção de mudas de alface cultivar Vera, além de avaliar os valores de pH, de condutividade elétrica e dos teores de macronutrientes totais dos gongocompostos após o armazenamento pelo período de três meses (Capítulo II) e avaliar o desempenho agronômico da alface em sistema de produção orgânica, de acordo com a qualidade das mudas de alface crespa cultivar Vera produzidas por diferentes gongocompostos (Capítulo III) No Capítulo I, os resultados confirmam que os diplópodes T. corallinus são capazes de ingerir resíduos pobres em nutrientes, porém exibem nitidamente as suas preferências alimentares por resíduos que contenham maiores teores nutricionais. No Capítulo II, dos três gongocompostos avaliados, apenas os substratos T2-gongocomposto 125 dias e T3-gongocomposto 180 dias se mostraram eficientes na produção de alface, contudo, o substrato T3 foi responsável pela produção de plantas com maior acúmulo de biomassa, altura e estabilidade de torrão, sendo semelhantes ao substrato T4-SIPA, tido como controle. O armazenamento pelo período de três meses proporcionou alterações nos valores de pH, condutividade elétrica e teores de macronutrientes, sendo que apenas os valores de condutividade elétrica ficaram acima do permitido pela legislação brasileira. Na avaliação das mudas de alface, o substrato T4-SIPA seguido pelo substrato T2-gongocomposto 125 dias, foram os que proporcionaram mudas com maior desenvolvimento. No Capítulo III, o tratamento T1-90 dias foi inferior em todos os parâmetros avaliados, quando comparado aos demais tratamentos, porém sua produtividade estimada atende à esperada para o estado do Rio de Janeiro. Embora não tenha havido diferenças estatísticas, a produtividade estimada foi 10,38 e 11,82% menor para o tratamento T2-125 dias em relação aos tratamentos T3-180 dias e T4-SIPA, respectivamente, comprovando que a qualidade da muda transplantada no campo é capaz de influenciar diretamente na produtividade na cultura da alface.