Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Luiz Fernando de Sousa
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Orientador(a): |
Rumjanek, Norma Gouvêa
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Banca de defesa: |
Rumjanek, Norma Gouvêa
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Araújo, Adelson Paulo de
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Guerra, José Guilherme Marinho
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Salles, Joana Falcao
,
Leal, Marco Antonio de Almeida
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10041
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Resumo: |
A gongocompostagem é uma alternativa amigável ao meio ambiente, que viabiliza a produção de compostos orgânicos a partir de diferentes resíduos agrícolas para posterior uso como substrato na produção de mudas em geral. Os objetivos do presente estudo foram avaliar o desempenho agronômico das mudas de alface crespa cultivar Vera, as quais foram produzidas no gongocomposto obtido aos 180 dias, comparando-o com o substrato orgânico comercial (Capítulo I); identificar a comunidade microbiana presente no processo de gongocompostagem pelo diplópode Trigoniulus corallinus (Capítulo II) e buscar novas formulações de substratos orgânicos à base de gongocomposto combinado com diferentes fontes de resíduos orgânicos, destinando-os à produção de mudas de maracujá amarelo (Capítulo III). No Capítulo I, constatou-se que a adubação nitrogenada via farelo de mamona (0, 50, 100 e 200 kg N ha-1), proporcionou às alfaces oriundas de mudas cultivadas no gongocomposto melhor desempenho agronômico em todas as adubações, quando comparadas às plantas oriundas do substrato comercial. Ademais, elas foram mais responsivas à medida em que se elevaram as doses da adubação, exibindo características fitotécnicas, índices fisiológicos e acúmulo de nutrientes superiores em relação às plantas originárias do substrato comercial. No Capítulo II, verificou-se que a diversidade alfa do microbioma foi elevada desde o início da gongocompostagem, enquanto a beta diversidade mostrou diferenças na estrutura da comunidade entre as fases da gongocompostagem. Os phyla Proteobacteria e Actinobacteria que representam 70% do microbioma estão relacionados à degradação da lignocelulose. A classe Alphaproteobacteria e a sua ordem Rhizobiales são os taxa mais abundantes caracterizados por diversas espécies capazes de reduzir o nitrogênio atmosférico. As ordens prevalentes do filo Actinobacteria são Actinomycetales, que predomina no início do processo e Acidimicrobiales, ao final. Além desses phyla, estão presentes Bacteroidetes, Planctomycetes, Firmicutes e Acidobacteria, em torno de 5% cada. O aumento da abundância relativa de Acidobacteria ao final do processo pode estar relacionado à maturidade do gongocomposto que aos 180 dias apresenta relação C/N igual a 15. Os gêneros mais abundantes foram Streptomyces de Actinobacteria e Bacillus de Firmicutes, cerca de 4% cada. A estrutura e sucessão do microbioma ao longo da gongocompostagem se aproxima do que é evidenciado na decomposição da serrapilheira. No Capítulo III, os substratos orgânicos S1 (gongocomposto), S6 (50% gongocomposto + 50% fibra de coco em pó) e S5 (50% gongocomposto + 50% gliricídia) proporcionaram a obtenção de mudas de maracujá com excelentes características morfológicas e com maiores acúmulos de P, K, Ca e Mg na massa seca de parte aérea. Os substratos S6 e S5 constituem-se em duas novas opções de substratos sustentáveis na produção de mudas de maracujá amarelo. As informações valiosas sem precedentes obtidas sobre a gongocompostagem evidenciam a importância das comunidades bacterianas durante a contínua transformação da matéria orgânica bruta, além da influência que podem exercer sobre o desenvolvimento das plantas cultivadas no gongocomposto. |