Determinação de contaminantes em bebidas não-alcoólicas acondicionadas em garrafas PET Pós-Consumo Recicladas (PET-PCR)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Soares, Luciana Lopes de Souza lattes
Orientador(a): Abrantes, Shirley de Mello Pereira lattes
Banca de defesa: Nascimento, Christine Rabello, Azevedo-Meleiro, Cristiane Hess de, Zamith, Helena, Silva, Marco Antonio Mota da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9267
Resumo: A produção de garrafas PET [poli(tereftalato de etileno)] cresce progressivamente, e para evitar danos ao meio ambiente, uma solução é a reciclagem, gerando o PET pós-consumo reciclado (PET-PCR) grau alimentício. Da embalagem pode haver migração para o alimento, representando um risco à saúde do consumidor. O presente estudo visou determinar os possíveis contaminantes presentes no PET-PCR, avaliar se há migração para bebidas não-alcoólicas e propor metodologias que atendam a esses objetivos. As amostras usadas foram garrafas, cortadas em flocos, feitas de resina de PET 100% reciclada. Na metodologia, utilizando cromatografia gasosa, com coluna DB-624, e amostragem por headspace, com detector por ionização em chama, foram identificados no PET-PCR acetaldeído (principal contaminante de relevância toxicológica), etanol, 2-butenal, butanal, ácido linoléico e ácido oleico. Para confirmação desses resultados foi usado cromatógrafo a gás com headspace, e detector por espectrometria de massa. Para os testes de migração do acetaldeído para bebidas não-alcoólicas, foi utilizado o ácido 4-hidrazinobenzóico (HBA), como agente de derivatização para compostos carbonílicos, em dois simulantes: água destilada, correspondendo à água mineral, e ácido acético, correspondendo a sucos e refrigerantes. Em seguida foi realizada análise por espectrofotometria, onde a concentração do derivado formado foi medida no comprimento de onda de 290 nm. Nos testes de migração simularam-se três condições de temperatura e tempo: 40ºC por 10 dias, simulando armazenamento em estabelecimento comercial; 60ºC por 4h, simulando condições de transporte para distribuidores de bebidas; e 60ºC por 10 dias, representando condições extremas. A migração de acetaldeído para o simulante água apresentou faixa linear de 4,437-10,358 mg/L e limites de detecção e quantificação de 0,718 mg/L e 2,10 mg/, respectivamente. Para o simulante ácido acético, a faixa linear foi de 3,150-9,412 mg/L, e limites de detecção e quantificação 0,093 mg/L e 0,279 mg/L, respectivamente. O acetaldeído tem elevado potencial mutagênico e carcinogênico, e por isso sua produção na elaboração de garrafas PET-PCR deve ser prevenida e monitorada. Existe, portanto, necessidade de constante fiscalização de garrafas PET-PCR e de bebidas não-alcoólicas armazenadas nestas garrafas, a fim de proporcionar maior segurança alimentar aos consumidores