Estudo espectroscópico da interação de compostos bioativos com albumina sérica humana (ASH)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Cosme Henrique Coêlho dos Santos de lattes
Orientador(a): Ferreira, Jose Carlos Netto lattes
Banca de defesa: Ferreira, Jose Carlos Netto lattes, Sant'Anna, Carlos Mauricio Rabello de lattes, Lima, Marco Edilson Freire de lattes, Forero, Josué Sebastián Bello lattes, Correa, Rodrigo Jose lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20799
Resumo: Foram realizados estudos espectroscópicos para a interação de compostos bioativos das classes das tiossemicarbazonas (UTS, DFTS e TFTS), das metforminas (MFCl, MFBr e MFCF3), da chalcona (IC9) e das xantonas (1MXT, 2MXT, 4MXT, 23MXT e 34MXT) com albumina sérica humana (ASH). Através dos estudos por espectroscopia de fluorescência, verificou-se que todos os compostos bioativos estudados interagem com a ASH no estado fundamental através de um mecanismo de supressão de fluorescência estático, o que é indicado pela diminuição dos valores de KSV com o aumento da temperatura, assim como os valores de kq da ordem de 1013 M-1 s -1 . Os valores da constante de associação (Ka) para todos os casos estudados foram da ordem de 104 M−1, mostrando uma interação moderada desses compostos com ASH e os resultados de dicroísmo circular (DC) indicaram uma fraca perturbação na estrutura secundária da albumina após a interação com o ligante. Os parâmetros termodinâmicos para as tiossemicarbazonas sugeriram que o processo de interação é conduzido entropicamente (ΔS° entre 0,022 e 0,072 J/mol.K) e entalpicamente (ΔH° entre -32,3 e -4,9 kJ/mol), com valores de variação de energia livre de Gibbs favoráveis (ΔG° entre -39 e -24 kJ/mol). A interação entre cada metformina halogenada e ASH é espontânea (G° entre -28 e -26 kJ/mol) e conduzida entropicamente (S° entre 0,120 e 0,147 J/mol.K) com uma interação entalpicamente desfavoravel (ΔH° entre 9,48 e 18,5 kJ/mol). Para a interação entre a chalcona IC9 e ASH, os parâmetros termodinâmicos indicam uma interação espontânea com a energia livre de Gibbs favorável (ΔG° = -27,9 kJ/mol) que é conduzida tanto entalpicamente (ΔH° = -20,8 kJ/mol) como entropicamente (ΔS° = 0,023 J/mol.K) Para a interação entre as xantonas e ASH, os parâmetros termodinâmicos sugeriram que o processo de interação é conduzido entropicamente (ΔS° entre 0,008 e 0,068 J/mol.K) e entalpicamente (ΔH° entre -25,5 e -7,2 kJ/mol), com valores de variação de energia livre de Gibbs favoráveis (ΔG° entre -28,2 e -27,3 kJ/mol). Os experimentos de interação competitiva na presença dos marcadores de sítio varfarina, ibuprofeno e digitoxina sugerem que as tiossemicarbazonas UTS, DFTS e TFTS competem pelo mesmo sítio de interação da varfarina, indicando o sítio I de Sudlow como o principal sítio de interação. Os estudos de interação competitiva para MFCl, MFBr e MFCF3 na presença de varfarina, ibuprofeno ou digitoxina também indicaram o sítio I de Sudlow como o principal sítio de interação. Existe apenas um sítio principal de interação para IC9, que está localizado sítio I de Sudlow. Para 1MXT, 2MXT, 4MXT, 23MXT e 34MXT, os experimentos de interação competitiva na presença dos marcadores de sítio varfarina, ibuprofeno e digitoxina sugerem que os compostos monometoxilados preferem complexar no sítio I de Sudlow, enquanto os compostos dimetoxilados têm uma maior tendência em complexação com o sítio II de Sudlow.