Efeitos da extrusão de H+/OH- em plantas de feijão crescidas com diferentes fontes de nitrogênio sobre o início da formação de nódulos radiculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Macedo, Ricardo Antônio Tavares de lattes
Orientador(a): Jacob Neto, Jorge lattes
Banca de defesa: Goi, Silvia Regina, Baldani, Vera Lucia Divan, Alves, Bruno José Rodrigues, Araújo, Jean Luiz Simões
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10037
Resumo: O feijoeiro pode adquirir nitrogênio da matéria orgânica do solo, de adubos ou da fixação biológica do N2 atmosférico (FBN). Entretanto, nesta cultura o processo biológico tem apresentado baixa eficiência nas condições de campo. Em função disso, muitos produtores não inoculam as sementes com estirpes eficientes de rizóbio, sendo a adubação a principal fonte de N para esta cultura. Além da ausência da inoculação, altas doses de N aplicadas no solo inibem a nodulação e a FBN. No entanto, as causas para esta inibição não são totalmente esclarecidas, especialmente pelo fato do N ser absorvido na forma de nitrato (NO3 -) e amônio (NH4 +). Considerando que a rizosfera da planta crescida com nitrato é alcalinizada e com amônio é acidificada, este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito das alterações de pH rizosférico (pHR), causadas pelo metabolismo destas fontes de N, no início da formação de nódulos. Os experimentos foram realizados em câmara de crescimento com luminosidade média de 400 Lux, fotoperíodo de 12/12 horas (luz/escuro) e temperatura de 25ºC ± 2ºC. As plantas foram crescidas em vasos com areia, solos com baixo (8%) e médio (25%) teor de argila e em solução nutritiva. No 1º ensaio (salinidade) foi verificado que o amônio causou maior elevação da condutividade elétrica da areia (CE), obtendo-se na dose de 60 kgN ha-1 o valor de 1.655 μS cm-1 com amônio e de 1.301 μS cm-1 com nitrato. No ensaio seguinte foram comparadas 2 cultivares contrastantes quanto à capacidade nodular, que confirmaram a alta (Ouro Negro) e a baixa (Rio Tibagi) capacidade. Como entre as cultivares não ocorreram diferenças expressivas nos valores de pHR, nos demais experimentos avaliou-se apenas a Ouro Negro. Neste ensaio e nos demais o amônio foi a fonte de N que mais acidificou a rizosfera e inibiu a nodulação. Através de análises de regressão para cada fonte de N foi determinada a dose de inibição total da nodulação (nível crítico), pHR nesta dose e a dose onde ocorreu 80% da máxima nodulação (dose de convivência). Em geral, foram observadas as menores doses de NC e de convivência com uso do amônio do que com nitrato. No ensaio em areia (cv Ouro Negro coletada aos 20 DAE), para amônio e nitrato as doses de convivência foram 13 e 58 kgN ha-1 e os valores de pHR 3,95 e 5,59, respectivamente. No ensaio em diferentes tipos de solo (20 DAE), a dose de convivência foi menor com amônio do que com nitrato, sendo no solo com menor teor de argila 18 e 41 kgN ha-1 e no solo com maior teor de argila 15 e 27 kgN ha-1, respectivamente. Já os valores de pHR para amônio e nitrato foram 4,69 e 6,08 no solo com menor teor de argila e 4,23 e 4,63 no solo com maior teor de argila, respectivamente. Neste ensaio os neutralizantes aliviaram a acidificação da rizosfera e otimizaram a nodulação. No ensaio com aplicação de N via foliar, o amônio também acidificou a rizosfera e promoveu menor nodulação (pHR 4,15 e 14 nódulos planta-1) em relação ao nitrato (pHR 5,03 e 27 nódulos planta-1). No 6º experimento (20 DAE) a dose de 115 kgVO4 ha-1 permitiu que na mais alta dose de amônio o pHR não sofresse alterações, permitindo também a dose de convivência de 46 kgN ha-1 para o amônio. Em todos os ensaios, as mais altas doses de N de todas as fontes suprimiram a nodulação, sugerindo que nestas doses ocorreram fatores inibidores independentes do pH e não mensurados.