Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pérez González, Alexander Augusto |
Orientador(a): |
França, Ticiana do Nascimento |
Banca de defesa: |
França, Ticiana do Nascimento,
Ramadinha, Regina Ruckert,
Bezerra Junior, Pedro Soares |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
|
Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14213
|
Resumo: |
Dada a elevada freqüência de hipotireoidismo em cães no Brasil, o estabelecimento do real significado da hipertrofia dos músculos piloeretores é importante para o patologista, uma vez que outros exames laboratoriais muitas vezes não são conclusivos. Dessa forma este estudo objetivou estabelecer se há ou não correlação entre a hipertrofia desses músculos e a baixa de hormônios tireoideanos nos cães e qual o seu eventual significado diagnóstico, bem como descrever os achados clínicos e dermato-histopatológicos comuns em cães hipotireoideos no Brasil. Entre novembro de 2001 e outubro de 2002, no Setor de Dermatologia do Hospital Veterinário de Pequenos Animais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foram avaliados 200 cães, de ambos os sexos, com idades entre 6 meses e 18 anos e dermatopatia suspeita de estar associada ao hipotireoidismo. Biópsias cutâneas com morfometria dos músculos piloeretores, dosagens hormonais, raspados cutâneos, tricogramas e exames citológicos foram realizados. Cães entre 2 e 4 anos foram os mais acometidos e a enfermidade afetou mais fêmeas (61%) do que machos (38,9%). Animais de 32 raças, principalmente, Poodle, Cocker spaniel e Pastor alemão, com exceção dos SRD, foram acometidos. Entre as alterações clínicas gerais observaram-se letargia, obesidade e distúrbios reprodutivos. Alterações cutâneas como hipotricose, alopecia, pelagem fosca e quebradiça, prurido, seborréia e hiperpigmentação foram frequentes. Hipopigmentação, espessamento da pele e mixedema de face também foram evidenciados. Com freqüência observaram-se doenças e / ou lesões concomitantes como otite, piodermite secundária e dermatite alérgica. O exame histopatológico revelou acantose, hiperqueratose, alterações foliculares, sobretudo folículos em fase telogênica, hipertrofia (70,5%) e tumefação (cervical - 53,8% e lombar - 89,4%) de músculos piloeretores. As medidas obtidas em cortes longitudinais de músculos piloeretores da região cervical foram: Diâmetro maior D = 609,49μm; diâmetro menor d = 90,08μm; área (A) = 65640,84μm2; índice métrico (I.m.) = 0,1799. Na região lombar, as mesmas avaliações apresentaram os seguintes resultados: D = 1389,4 μm; d = 450,98μm; A = 191285,2μm2 e I.m. = 0,1734. Já os cortes transversais, na região cervical, apresentaram D=195,80μm; d= 117,09μm; A=28354,9μm2 e I.m.=0,6277 enquanto em região lombar, os valores foram D=221,75μm; d= 135,29μm; A: 35605,2μm2 e I.m.= 0,6261. Não há dúvida de que as alterações dos músculos piloeretores (hipertrofia e vacuolização eosinofílica) tenham importância no diagnóstico do hipotireoidismo, contudo, a associação dessas alterações com outros achados histológicos como espessamento da derme, queratinização tricolemal, predominância de folículos em fase telogênica e atróficos, torna o exame histopatológico ainda mais útil no diagnóstico do hipotireoidismo |