Território e currículo: a construção do conhecimento na licenciatura em educação do campo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ribeiro, Márcia Adriana de Faria lattes
Orientador(a): Otranto, Celia Regina
Banca de defesa: Otranto, Celia Regina, Santos, Ramofly Bicalho dos, Molina, Mônica Castagna
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12144
Resumo: Este texto nasce do contato com as ações, pesquisas e discussões com sujeitos que fazem da educação do campo um grande desafio, em momentos como a participação nas aulas do curso de Licenciatura em Educação do Campo na cidade de Gurupá-PA, às margens do Rio Amazonas só é possivel chegar de barco ou de avião. Em outros momentos essas ações são vistas como um dever cívico de incluir pessoas que vivem nos campos brasileiros, alijadas das oportunidades de ingresso na educação superior. Nasce, portanto, da certeza da importância de se estudar educação do campo e de lutar pela sua consolidação. Este estudo apresenta análises sobre o uso do termo território no curso de Licenciatura em Educação do Campo ofertado pelo IFPA. Indaga de que forma os egressos do curso, sujeitos desse currículo, se apoderam dos conhecimentos e se reconhecem como seres críticos, estabelecendo a relação entre os conhecimentos adquiridos e suas práxis, enquanto professores no cotidiano da uma escola localizada na área rural brasileira. O trabalho de investigação se constituiu do resgate analítico da produção teórica existente acerca da licenciatura em Educação do Campo, e para atingir nosso objetivo, assumimos uma postura solta de amarras, de predefinições, para todos os acontecimentos e manifestações que surgissem no decorrer da investigação acerca da temática proposta.Destaco ainda a aprendizagem adquirida nas reflexões desenvolvidas em diversos eventos dos quais tive oportunidade de participar, para apresentar e discutir os movimentos da educação do campo no cenário brasileiro. A pesquisa se embasou, inicialmente, na análise documental de fontes primárias e secundárias. Como fontes primárias, estudamos a legislação sobre educação do campo, como fontes secundárias, foi feito um levantamento bibliográfico em relação à concepção histórica da Licenciatura em Educação do Campo. Em seguida, foi realizada uma pesquisa de campo com alunos egressos da turma PROCAMPO do ano de 2009, do Campus Altamira, pertencente ao Instituto Federal do Pará, campus este localizado na região sudoeste do estado do Pará, às margens do rio Xingu, onde foi construída a Hidrelétrica de Belo Monte. Tomando por base as respostas obtidas durante a pesquisa de campo tivemos a oportunidade de constatar que a maior parte dos egressos se apropriou do termo território, como um espaço de lutas e resistência. Observamos a incorporação da terminologia vinculada ao conceito, nas aulas ministradas pelos professores do curso e sua utilização na realidade do docente da escola do campo egresso deste curso. Foi possível constatar a associação do termo com a realidade, na abordagem utilizada no cotidiano escolar que estabeleceu a relação entre território e identidade dos sujeitos do campo que nele vivem. No decorrer das análises legais dos cursos de licenciatura, nos deparamos com a Resolução CNE/CP nº 2/2015 (BRASIL, 2015) que traça novas diretrizes para esses cursos a serem incorporadas até julho de 2017. Decidimos, então, apresentar, na parte final desta dissertação, uma proposta para facilitar a incorporação das mudanças no curso em análise, sugerindo os itens que devem ser alterados e/ou incluídos no Projeto Pedagógico do Curso.