Influência da pedoforma sobre a composição florística e a estrutura da floresta estacional fluminense, Pinheiral - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Medeiros, Alexandre dos Santos lattes
Orientador(a): Pereira, Marcos Gervasio lattes
Banca de defesa: Freitas, André Felippe Nunes, Menezes, Carlos Eduardo Gabriel
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11271
Resumo: As diferentes condições ambientais promovidas por variações geomorfológicas, tornam a recuperação de ecossistemas florestais da Floresta Atlântica um grande desafio. Na região Sul do Estado do Rio de Janeiro, onde ocorrem as Florestas Estacionais Semideciduais, a degradação promovida durante o ciclo do café e o atual crescimento urbano desordenado, restringiram as Florestas Estacionais a pequenos fragmentos, responsáveis pela cobertura do solo, captação de água, abrigo para fauna nativa e representação da diversidade florística regional. Tais fragmentos ocorrem sobre variações geomorfológicas denominadas pedoformas côncavas e convexas, capazes de determinar o comportamento das águas superficiais e influenciar a dinâmica ecológica das comunidades vegetais ocorrentes. Estudos realizados até o momento não permitem determinar padrões ambientais específicos entre pedoformas, pois relacionam apenas as variações edáficas ao gradiente catenário e sua influência sobre a distribuição das espécies. Desta forma, faz-se necessária a formulação de um delineamento replicável, capaz de identificar padrões edáficos e microclimáticos específicos para as pedoformas côncavas e convexas, além de determinar sua influência sobre a distribuição das espécies. Para tal, foram selecionadas três pedoformas côncavas e três convexas para realização do estudo, sendo instaladas 54 parcelas de 100m2 em cada pedoforma. Em cada parcela foram coletados, para o estudo fitossociológico, o diâmetro e altura das espécies arbóreas com DAP≥5cm. Foram calculados os parâmetros fitossociológicos, índices de diversidade, similaridade florística, a suficiência amostral e comparadas as médias estruturais pelo teste de Levene a 5%. Em cada parcela foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-20 cm, totalizando 108 amostras compostas por cinco amostras simples, utilizadas para as análises granulométricas e da fertilidade química do solo. O padrão de distribuição das espécies foi correlacionado com as variáveis edáficas e microclimáticas de cada pedoforma simultaneamente, com auxilio de análises multivariadas reducionais (Análise Fatorial Multivariada, PCA), ordenativas (Análise de Correlação Canônica e Correspondência Canônica) e aglomerativas (Cluster Hierárquico). Os resultados indicam diferenças sutis entre as condições edáficas e um microclima específico entre pedoformas, capaz de influenciar a distribuição de grupos específicos de espécies, porém, sem caracterizar a formação de comunidades vegetais distintas. Considerando a condição ambiental específica de cada pedoforma, as principais variáveis que as coordenam e as espécies relacionadas a tais condições, foi possível oferece subsídios técnicos para recuparação de áreas degradas e perturbadas, bem como o enriquecimento de fragmentos de ecossistemas Florestais da Floresta Atlântica