Nietzsche e a questão do corpo: uma interpretação diagnóstica da cultura e o desafio da grande saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Patrícia Boeira de lattes
Orientador(a): Moraes, Francisco José Dias de lattes
Banca de defesa: Moraes, Francisco José Dias de lattes, Fogel, Gilvan Luiz lattes, Carvalho, Danilo Bilate de lattes, Costa, Affonso Henrique Vieira da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13498
Resumo: O objetivo desse trabalho consiste em percorrer a linha de raciocínio nietzschiana no âmbito do processo de ressignificação do corpo, considerando os estados de fraqueza, de degenerescência e adoecimento da cultura e da civilização, assim como considerar e investigar caminhos possíveis para uma grande saúde, que não é uma. Na perspectiva de Nietzsche, os estados de adoecimento, assim como os estados de convalescença, e de abundância de forças ativas são processos produtores de sentido, inscrevem-se na história, nas fibras do homem, de um povo e de uma cultura. Seu intento investigativo e crítico volta-se contra a tradição filosófica e daí ele dizer haver diferenças entre aqueles que filosofam com suas fraquezas e consolos buscando bálsamo e mansidão, e aqueles que mesmo sendo afetados por diferentes estados filosofam com suas riquezas e forças. Nietzsche também declinou, se disse experimentado em decadências, mas também disse ser o contrário, pois promover a saúde, buscá-la constantemente foi um exercício de deslocamento, de colocar-se para além das dicotomias de valores, analisando criticamente em que condições e circunstâncias consolidaram-se ídolos, verdades, preconceitos morais que se inscreveram na história e na memória como um peso. Sendo assim, esse investimento situa o corpo como eixo principal de todas as valorações filosóficas, sejam elas decadentes ou não. A partir dessa formulação, que torna indissociáveis as relações entre as múltiplas forças que operam na constituição dos processos corporais, uma acepção mais ampla no registro da compreensão de fisiologia se abre