Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Maya, Tadzia de Oliva
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Orientador(a): |
Moreira, Roberto José
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Banca de defesa: |
Schmitt, Cláudia Job,
Castro, Elza Maria Neffa Vieira de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15708
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta um estudo de caso sobre o coletivo Escola da Mata Atlântica (EMA) e a Casa das Sementes Livres, experiência que conjuga ações em agroecologia e cultura livre desde 2007 em Aldeia Velha, distrito rural de Silva Jardim, município das Baixadas Litorâneas do Rio de Janeiro. A Casa das Sementes Livres é uma iniciativa da EMA, que desenvolve atividades em educação e cultura popular e funcionou como uma possibilidade de trabalho no campo para jovens de diferentes formações acadêmica, contribuindo para um processo de êxodo urbano. Este estudo investiga as percepções e motivações deste grupo em fundar a EMA e posteriormente em empreender a construção da Casa das Sementes Livres, concebida como um local para fazer o diálogo de saberes advindos da informática e da agricultura. Para isso, a pesquisa se concentra no histórico e nos pressupostos teóricos e práticos da iniciativa, que são oriundos tanto da área de cultura digital, quanto da agroecologia e suas lutas específicas pela disseminação de softwares livres e de sementes crioulas. O estudo de caso analisa a sinergia gerada entre os campos da agroecologia e da cultura livre no florescimento e na manutenção do projeto. Há especial interesse também na relação entre a Casa e a escola pública Vila Silva Jardim, terreno onde funciona sua sede e para onde a maior parte das suas atividades são direcionadas, envolvendo alunos, professores e merendeiras em prol de uma educação contextualizada. Procurando definir e caracterizar o magma cultural que possibilitou a formação da Casa e sua ligação com movimentos sociais e redes mais amplas de contestação do modelo econômico vigente, a pesquisa fixa a experiência dentro de um modelo de subalternia, conectada a questões de ordem local-global, como a mudança do paradigma da sociedade moderna industrial para modelos alternativos fundados na diversidade. Também são levadas em conta as complexidades internas e externas que vêm contribuindo para a formação da identidade do grupo, incluindo aí sua estrutura organizacional, a divisão do trabalho e os processos de tomada de decisão. Nesta perspectiva, a pesquisa demonstra as potencialidades e fragilidades da Casa de Sementes Livres, que procura fortalecer sua autonomia lidando com processos de permanente tensão entre as fontes de financiamento e a autogestão em um cenário de poucas oportunidades de recursos para pequenos grupos, sobretudo na área da agroecologia e formado por jovens. Tais questões são demonstradas nas diferentes configurações sócio-políticas que o grupo atravessou, desde sua criação como projeto informal, passando pela sua institucionalização como associação cultural até os dias de hoje quando busca na definição de “coletivo” seu posicionamento crítico no mundo. |