Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Beltrão, Francisco Lúcio da Silva
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Orientador(a): |
Menezes, Eurípedes Barsanulfo |
Banca de defesa: |
Menezes, Eurípedes Barsanulfo,
Silva, Vinícius Siqueira Gazal e,
Moscatelli, Maria Lúcia França Teixeira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13527
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Resumo: |
A degradação da madeira ocorre devido a fatores químicos, físicos e/ou biológicos, neste último se encontram os térmitas, por se alimentarem basicamente de celulose, que é um dos principais constituintes da madeira. Diante do potencial de dano desses insetos ao madeiramento, é imprescindível estudar a atratividade e a preferência alimentar destes às mais variadas espécies de madeira, para compreender melhor seus hábitos e assim aperfeiçoar os métodos de prevenção e controle. Esse estudo objetivou analisar se madeira de cinco espécies florestais exóticas (Corymbia citriodora, Eucalyptus cloeziana, Eucalyptus saligna, Eucalyptus urograndis, e Pinus elliottii) é forrageada por térmitas ao longo do tempo em três ambientes com diferentes ações antrópicas no município de Seropédica, RJ; se há preferência de ataque às madeiras dessas espécies nessas condições ambientais e de tempo, e se o nível de antropização influencia a distribuição das espécies de térmitas. Duas áreas estavam dentro do campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (monocultivo de eucalipto e remanescente de Mata Atlântica), e outra na Fazenda Agroecológica do Km 47 (área ao redor de edificação). Foram confeccionadas estacas de madeira (2x2x25 cm) que serviram como corpos de prova, as quais foram enterradas no solo em cada área experimental, sendo avaliadas em três épocas de exposição a campo (90, 120 e 150 dias após a instalação das estacas), com oito repetições/espécie florestal/época. Foi aferido o peso inicial e a densidade da madeira de cada estaca antes de serem dispostas no campo. Para determinar pontos de atividade termítica nas áreas, foram enterradas no solo iscas de rolo de papelão cartonado para atração dos térmitas. Os pontos onde as iscas apresentaram ataque de térmitas serviram como pontos centrais para a instalação das estacas de madeira, que assumiram uma posição radial, formando um circulo de estacas. Após cada época de exposição, as estacas foram retiradas do campo e pesadas para determinação preferência alimentar dos térmitas com base na taxa de consumo das estacas. Os resultados obtidos revelaram a ocorrência de três espécies de térmitas (uma espécie por área), uma exótica: Coptotermes gestroi (Wasmann)(Rhinotermitidae), que ocorreu na área ao redor de edificação, e duas nativas: Heterotermes tenuis (Hagen) (Rhinotermitidae), que estava presente no eucaliptal, e Nasutitermes cf. itapocuensis (Holmgren) (Termitidae) que ocorreu na floresta. C. gestroi e H. tenuis apresentaram uma maior atratividade/frequência de ataque para as estacas de P. elliottii (83%e 63%, respectivamente), enquanto N. cf. itapocuensis apresentou maior ocorrência/frequência de ataque em E. cloeziana (79%). As taxas médias de consumo das estacas por C. gestroi e H. tenuis entre as cinco espécies florestais foram semelhantes. N. cf. itapocuensis revelou preferência alimentar significativa por E. cloeziana (4,32±1,19g) em relação a de P. elliottii (0,18±0,10g). Observou-se que a baixa densidade da madeira influenciou a ocorrência/frequência de ataque de C. gestroi e H. tenuis por P. elliottii, enquanto N. cf. itapocuensis não foi influenciado por essa característica da madeira. Entretanto, não houve relação entre a preferência alimentar/consumo e a densidade média da madeira para C. gestroi e H. tenuis, já N. cf. itapocuensis preferiu madeiras de média densidade. |