Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Daniela Cristina Souza
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Orientador(a): |
Tubino, Rafael de Almeida
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Banca de defesa: |
Neves, Leonardo Mitrano
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Tubino, Rafael de Almeida
,
Monteiro Neto, Cassiano
,
Tomás, Acácio Ribeiro Gomes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e Da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18487
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Resumo: |
A composição do conteúdo estomacal de 989 indivíduos das espécies Katsuwonus pelamis (93), Pomatomus saltatrix (521), Atlantoraja cyclophora (129) e Rioraja agassizii (246) capturados na costa do Rio de Janeiro foi analisada. Das espécies pelágicas, Katsuwonus pelamis, mostrou possuir estratégia alimentar especialista, consumindo predominantemente sardinhas (Sardinella brasiliensis), enquanto Pomatomus saltatrix tem sua dieta composta majoritariamente por coió (Dactylopterus volitans) e uma estratégia especialista-oportunista. Entre as espécies de raias de hábito demersal, Atlantoraja cyclophora e Rioraja agassizii, verificou-se estratégias alimentares semelhantes, com preferência pelo consumo de crustáceos, principalmente Pleoticus muelleri e Peneidae, respectivamente. Não foram encontradas diferenças significativas entre as dietas das espécies pelágicas, ambas piscívoras, ocupando níveis tróficos elevados, típicos de predadores de topo de cadeia alimentar (4,4 e 4,8). A sobreposição de nicho alimentar entre elas é intermediária (Ba = 0,54). Os resultados sugerem que há alguma partição dos recursos alimentares disponíveis no ambiente. A dieta de P. saltatrix é mais diversificada. O consumo de coió nos no verão e no outono merece destaque. Entre as espécies demersais, também não foram verificadas diferenças marcantes. Ambas as espécies de raias consomem principalmente crustáceos e peixes, ocupando níveis tróficos entre 3,8 e 3,9 e apresentam baixa sobreposição de nicho alimentar (Ba = 0,30). Os resultados gerados confirmam que todas as espécies ocupam níveis tróficos elevados e consomem principalmente peixes e crustáceos. As variações sazonais nas dietas destas espécies podem ter relação com a disponibilidade das mesmas. Os baixos valores de sobreposição de nicho alimentar entre as espécies, atrelada a diversidade de itens alimentares disponíveis na área de vida das espécies também sugere um condição de pouca competição interespecífica. |