Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Poliana de Araujo
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Orientador(a): |
Marinho, Bruno Guimarães
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Banca de defesa: |
Cortes, Wellington da Silva,
Nascimento, Carlos Giovani de Oliveira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14927
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Resumo: |
Os fármacos atualmente utilizados em dor e inflamação são responsáveis por um grande número de efeitos adversos, e devido ao uso crônico, fazem com que o paciente tenha uma diminuição dos sintomas, mas não uma total melhoria da qualidade de vida, sendo assim é de extrema importância a busca por novos fármacos. A piperina é o principal composto ativo da pimenta preta (Piper nigrum), mais conhecida no Brasil como pimenta do reino, popularmente utilizada por diversos efeitos benéficos. Estudos in vitro e in vivo demonstram que a piperina tem envolvimento funcional como antidepressivo, hepatoprotetor, antiparasitário antimetastático, antitiroidiano, imunomodulador, anti-inflamatório e analgésico. A fim de produzir melhora em sua seletividade e potência, alterações moleculares foram realizadas na piperina, obtendo-se então o Ácido pipérico. O objetivo deste trabalho foi avaliar, através da execução de modelos experimentais de dor aguda, crônica e inflamação, o potencial farmacológico antinociceptivo e anti-inflamatório do composto. No modelo de contorções abdominais induzidas por ácido acético foi verificada um percentual de inibição das contorções de 77,9% comparado ao controle, na maior dose testada (10mg/kg). No modelo da formalina o composto inibiu ambas as fases do modelo, com a dose de 10mg/kg o efeito inibitório chegou a 30% na 1º fase e 67% na 2º fase. O aumento do tempo de latência no modelo de retirada de cauda com o composto foi alcançado mais precocemente do que a morfina, o ACP aumentou o tempo de latência em 58% no tempo de 80 min comparado a linha de base na maior dose testada. Investigamos as possíveis vias envolvidas no mecanismo de ação do composto através da administração prévia de antagonistas, no modelo de retirada de cauda. Verificamos que o antagonista de receptores muscarínicos, atropina, foi capaz de inibir completamente o efeito do composto, demonstrando a participação da via colinérgica no mecanismo de ação. As vias opioide, nitrérgica e o canal de potássio dependente de ATP parecem não estar envolvidas no mecanismo de ação, visto que os antagonistas destas vias não inibiram o efeito do composto. O composto inibiu a nocicepção induzida pela capsaicina, que é agonista de receptores TRPV1 em 45,34%, demonstrando envolvimento de TRPV1. No modelo de Von Frey avaliamos a alodinia após a constrição crônica do nervo ciático. Neste modelo, o composto não demonstrou atividade antinociceptiva nas doses testadas. O modelo de campo aberto foi usado para verificar a influência do composto sobre a mobilidade do animal, e observamos que o mesmo não interfere no desempenho motor do animal. A atividade anti-inflamatória foi avaliada em modelos de inflamação induzido por carragenina. No modelo de edema de pata, o composto reduziu o edema em 75% na dose de 10mg/kg. No modelo da bolsa de ar subcutânea verificamos que a migração leucocitária foi reduzida assim como a produção de TNF-α e IL-1β. O ácido pipérico demonstrou ser seletivo para COX-1, na avaliação da atividade enzimática de COX-1 e COX-2. Podemos sugerir que os efeitos da piperina podem ser mediados através da porção da molécula referente ao ácido pipérico. |