Os camponeses do oeste e a Delegacia de Ordem Política e Social (Dops): um olhar sobre as formas de violência e resistência no Maranhão (1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Feitosa, Annagesse de Carvalho lattes
Orientador(a): Silva, Francisco Carlos Teixeira da lattes
Banca de defesa: Silva, Francisco Carlos Teixeira da lattes, Medeiros, Leonilde Servolo de lattes, Romano, Jorge Osvaldo lattes, Meneses, Valdênio Freitas lattes, Ribeiro, Vanderlei Vazelesk lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17672
Resumo: O presente trabalho oferece uma análise dos conflitos fundiários no Maranhão na década de 1970, período que perpassa o Golpe de Estado (1964-1985), envolvendo formas diversas de violência contra trabalhadores do campo. Com vistas a alargar a ideia de repressão, violência e sujeitos sociais atingidos, adotamos algumas questões norteadoras: Quais sentidos eram atribuídos à violência pelos trabalhadores? Qual era o móvel das contendas? Quais foram as suas formas de ação e organização? No contexto dos conflitos agrários no Maranhão é possível observar que a violência se manifestou de diversas formas: a destruição das lavouras, “cercamentos”, os deslocamentos forçados, invasão de casas, incêndios, etc. As situações que ameaçavam ou envolveram a perda de controle dos bens e/ou recursos fundamentais para a produção e reprodução social, além das que envolviam os aspectos morais, culturais, e simbólicos, também são consideradas aqui da ordem da violência. A pesquisa realizada a partir da análise de documentos de Estado, provenientes da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops) do Maranhão, revelou a produção e difusão de diferentes discursos sobre as contendas, bem como as formas de violência. Nesse sentido, esta tese oferece uma contribuição à literatura que trata dos impactos do regime empresarial-militar no meio rural, apontando a sua influência sobre a dinâmica dos conflitos fundiários, e visibilizando uma gama de ações, também violentas, executadas contra diversos sujeitos sociais do campo, que não necessariamente mantinham militância política ativa.