Fatores do meio físico influentes na restauração espontânea de ecossistemas perturbados da Mata Atlântica, na base da Serra do Mar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Roppa, Cristiane lattes
Orientador(a): Valcarcel, Ricardo
Banca de defesa: Valcarcel, Moraes, Luiz Fernando Duarte de, Marques, Jorge Soares, Braga, João Marcelo Alvarenga, Magalhães, Luís Mauro Sampaio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9355
Resumo: Os diferentes usos dos solos tropicais com manejo inadequado transformam paisagens florestais em mosaicos de ecossistemas perturbados e/ou degradados. Estes, ao perderem sua produtividade são abandonados, podendo entrar em restauração espontânea, dependendo da sua capacidade de resiliência, a qual é influenciada pelas condições do meio físico. Os fatores físicos atuam em diferentes escalas, que estão relacionadas entre si no ambiente, mas para uma análise mais precisa podem ser abordados de forma separada desde o nível de paisagem (mais amplo) até local (mais específico, permitindo maior detalhamento dos processos ecológicos). Este estudo identificou as variáveis do meio físico que favorecem a restauração florestal espontânea em paisagens perturbadas (capítulo I); avaliou a qualidade da regeneração entre dois sítios florestais com histórico semelhante de perturbação e com mais de 60 anos de abandono, em área com curvatura côncava (capítulo II); e relacionou os fatores físicos de escala local que influenciam nos processos de restauração espontânea (capítulo III). Os resultados mostraram que a curvatura do terreno, na variação côncava, foi o fator físico que mais contribuiu com a restauração espontânea na paisagem, favorecendo a ocorrência de florestas secundárias em estágio médio e avançado de sucessão. Em fragmentos florestais em área côncava, a regeneração natural apresentou melhor qualidade florística no sítio “A”, dado à presença das famílias Myrtaceae e Lauraceae entre as mais ricas em espécies e a maior proporção de espécies secundárias tardias (44,94%), representado 37,10% dos indivíduos, enquanto que o sítio “B” apresentou 28,75% de espécies secundárias tardias, correspondendo a 19,01% dos indivíduos, com baixa proporção de pioneiras (2,89%), indicando que esta avançando na sucessão. Na escala local, a orientação das encostas foi o fator físico que mais influenciou o estabelecimento dos processos de restauração espontânea, onde as faces com exposição voltadas para o nordeste e leste contribuíram para acelerar a sucessão (sítio “A”) e aquelas voltadas para o sudoeste e oeste retardam a sucessão (sítio “B”). Os demais fatores físicos também contribuíram para explicar as variações do ambiente, porém em menor intensidade, significando que eles estão atuando interligados, o que indica presença dos processos ecológicos.