Raiva em morcegos insetívoros e raposas no Semiárido da Paraíba.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25540 |
Resumo: | A raiva é uma zoonose de etiologia viral de grande importância para a saúde pública, transmitida geralmente por animais domésticos e silvestres infectados. Essa dissertação é formada por dois artigos originais. O primeiro foi submetido ao Journal of Wildlife diseases, que relata 5 casos de raiva em morcegos insetívoros Molossus molossus no Laboratório de Patologia Animal (LPA) da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba. Todos os morcegos foram encontrados em diversas regiões da cidade de Patos, durante o dia prostrados e sem conseguir voar, submetidos a eutanasia e necropsiados para análises histopatológica e imuno-histoquímica (IHq)do sistema nervoso central (SNC). Nenhuma lesão foi evidenciada macro ou microscopicamente, porém houve forte marcação positiva para anticorpos monoclonais anti-raiva através daIHq. Em três casos encaminhados para a realização de imunofluorescência direta (IFD) e inoculação intracerebral em camundongos (ICC), também foram positivos para raiva. MorcegosM. molossuspodem estar infectados com o vírus da raiva e desenvolver a doença, mesmo sem lesões histológicas do SNC, podendo ser uma fonte de infecção para o homem e para os animais domésticos na região.O segundo artigo, enviado para publicação na Acta Scientiae Veterinariae, relata 2 casos de raiva em raposas Cerdocyon thous no semiárido do Estado da Paraíba, caracterizando os aspectos histopatológicos da doença. As raposas foram encontradas com sinais neurológicos, submetidas a eutanásiae encaminhadas ao LPA para necropsia. Histologicamente, no SNC havia meningoencefomielite não-supurativa aguda, difusa, com presença de infiltrado inflamatório constituído principalmente por linfócitos e plasmócitos, formando manguitos perivasculares mononucleares, associada a discreta gliose e corpúsculos de Negri em neurônios de diversas regiões do SNC. Inflamação semelhante também foi observada em gânglios nervosos periféricos, adrenais e glândulas salivares. Pela imuno-histoquímica, IFD e ICC foi confirmado o diagnóstico de raiva. O diagnóstico da raiva em raposas pode ser realizado pelas lesões microscópicas características observadas no SNC, auxiliado pela avaliação dos gânglios nervosos periféricos, glândulas salivares e adrenais que também podem apresentar lesões semelhantes. Os morcegos insetívoros e as raposas são reservatórios do vírus da raiva, podendo transmitir a doença para outros animais e para o homem na região semiárida da Paraíba. |