Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bruno Tavares da
 |
Orientador(a): |
Queiroz, Mario Cesar Newman de
 |
Banca de defesa: |
Queiroz, Mario Cesar Newman de
,
Pietrani, Anélia Montechiari
,
Fonseca, Rivia Silveira
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20774
|
Resumo: |
Estamos diante de um embate estabelecido entre duas violências: uma social, que resulta de processos e questões históricas, e outra institucional, que também resulta de processos e questões históricas, porém, diretamente responsável pela manutenção ou interrupção da violência generalizada em nosso país. Partindo do entendimento de que as relações sociais, políticas, institucionais, etc. são atravessadas pelas linguagens, trazemos uma proposta que visa reterritorializar a língua utilizada pelos sujeitos objetos dessas violências (DELEUZE; GUATTARI, 1977). A palavra, em sentido mais amplo, é o que nos conecta enquanto identidades subjetivas, e através da ‘Oficina de Poesias Paira Além dos Muros: uma proposta de leitura dos textos-poema de Solano Trindade para o 6° ano do EJA Prisional’, registramos um ensino inovador que ressignificou a vida dos alunos prisionais, reaproximando-os dos mecanismos e procedimentos estruturadores de nossa língua materna. Não mais como indivíduos subjugados pela língua, e sim como atores com propriedade do discurso. Em relação à formação e à manutenção da prisão, estamos fundamentados nos postulados socio-prisionais de Foucault ([1975]/2014), Borges (2019), Zaffaroni (1991) e Davis (2018). E para traçar as conexões entre a formação da família capitalista e o fascismo, fundamentamos nosso pensamento em Engels ([1884]/2017) e Mascaro (2022). Contudo, essa proposta vem registrar uma prática realizada há dez anos pelo autor proponente, professor de português/inglês e músico de Rap, Bruno Tavares da Silva (B. Ma-k-lé), que se utilizou dos escritos de Freire (1987, 1996) como auxílio identitário à sua maneira de atuar em sala de aula, e de Almeida (2019) para relacionar o racismo estrutural à educação prisional. |