Efeito da densidade de Nasonia vitripennis (Walker, 1836) (Hymenoptera: Pteromalidae) e do hospedeiro Chrysomya megacephala (Fabricius, 1794) (Diptera: Calliphoridae) sobre os aspectos biológicos do microhimenóptero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mello, Renata da Silva lattes
Orientador(a): Moya Borja, Gonzalo Efrain lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10838
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar os aspectos reprodutivos de Nasonia vitripennis (Walker, 1836) criadas em pupas de Chrysomya megacephala (Fabricius, 1974) sob condições ambientais controladas (T= 27°C dia/ 25°C noite, 70±10 U.R., 14 horas de fotofase). Foi observado o desenvolvimento pós-embrionário, a produtividade de parasitóides emergidos por pupa, a taxa de parasitismo, a razão sexual e a longevidade das fêmeas parasitóides em função da utilização de diferentes densidades de parasitóides por hospedeiro (1:1, 3:1, 5:1, 7:1, 9:1, 11:1), diferentes densidades de hospedeiros (1:1, 1:2, 1:3, 1:4 e 1:5), ambos expostos ao parasitismo por 48 horas e diferentes tempos de exposição do hospedeiro ao parasitóide, utilizando a relação 1:1 por 24, 48, 72 e 96 horas. Pupas hospedeiras foram expostas a fêmeas nulíparas em tubos de ensaio vedados com algodão hidrófobo, seguindo as densidades e tempos de exposição descritos acima, a seguir as pupas foram individualizadas até a emergência dos dípteros ou dos parasitóides. Lotes de pupas hospedeiras não expostas ao parasitismo, seguindo o mesmo delineamento experimental, foram utilizados como controle. Cada tratamento constituiu de 20 repetições. Foi utilizado análise de variância com nível de significância 5% para inferências estatísticas. Foi observada uma tendência ao prolongamento do desenvolvimento pós-embrionário em função do aumento das densidades de parasitóides e de hospedeiros nas relações. A utilização de cinco parasitóides para um hospedeiro apresentou a maior produtividade média de parasitóides em relação às outras densidades utilizadas e a partir desta relação foi observada uma tendência a redução do número total de parasitóides emergidos, especialmente de fêmeas e um aumento na porcentagem de machos, possivelmente por efeito do superparasitismo. O mesmo foi verificado com o acréscimo de hospedeiros, onde se observou uma maior produtividade de parasitóides utilizando a relação um parasitóide para um hospedeiro e a menor produtividade utilizando a relação 1:3. Houve também um desvio da razão sexual para fêmeas nestes tratamentos, porém, não foi verificado aumento na porcentagem de machos conforme o aumento de hospedeiros nas relações. Já com a utilização de diferentes tempos de exposição do hospedeiro ao parasitismo, a exposição por 72 horas apresentou o maior tempo médio de desenvolvimento pós-embrionário de fêmeas e do total de parasitóides emergidos, os demais tempos de exposição não apresentaram diferença significativa no tempo de desenvolvimento entre si. A produtividade média de parasitóides não variou significativamente com a utilização de diferentes tempos de exposição. Houve uma tendência ao aumento da taxa de pupas inviáveis com o aumento do tempo de exposição, possivelmente pelo efeito deletério das pupas pela exploração das fêmeas parasitóides. Da mesma forma houve um aumento na porcentagem de pupas inviáveis em função do aumento da densidade de parasitóides, e de pupas com emergência de dípteros em função do aumento de hospedeiros utilizados. A taxa de parasitismo, no entanto, foi pouco influenciada pelo aumento da densidade de parasitóides e pelos diferentes tempos de exposição.