A leitura em voz alta como estratégia metacognitiva reguladora da compreensão leitora: análise e aplicações para o ensino de leitura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Val, Simone Oliveira do lattes
Orientador(a): Lessa, Adriana Tavares Maurício
Banca de defesa: Lessa, Adriana Tavares Maurício, Martins, Adriana Leitão, Roberto, Tania Mikaela Garcia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15426
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo geral investigar o uso da leitura em voz alta como estratégia metacognitiva de suporte à compreensão leitora por alunos dos anos finais do ensino fundamental da rede pública de ensino. São assumidos como objetivos específicos: (1) investigar a experiência metacognitiva durante a leitura em silêncio e em voz alta; (2) comparar compreensão leitora e conhecimento metacognitivo no uso das leituras em voz alta e silenciosa; (3) propor uma abordagem didático-pedagógica para o ensino de leitura, em sala de aula, numa perspectiva metacognitivista. Colocam-se à prova duas hipóteses: (A) a maioria dos estudantes dos anos finais do ensino fundamental da rede pública reconhece a leitura em voz alta como uma eficaz estratégia metacognitiva de leitura; (B) estudantes com compreensão leitora incompleta recorrem à leitura em voz alta como estratégia metacognitiva de leitura. Para tanto, adotou-se como metodologia uma abordagem qualitativa multimétodo nomeada Avaliação Unificada, composta por um teste de compreensão leitora e um teste de experiência metacognitiva com escala Likert, protocolo verbal e entrevista. Participaram desta pesquisa 17 alunos de uma unidade escolar municipal de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. Os resultados demonstram um contraste entre os dados oriundos do teste por marcação escrita e do protocolo verbal. Enquanto, de acordo com a primeira etapa da Avaliação Unificada, 5 alunos apresentaram interpretação de acordo com a expectativa, por meio do protocolo verbal, esse número aumentou para 14 alunos. Pela entrevista, constata-se uma correlação entre o bom desempenho na tarefa de compreensão e a verbalização sobre o uso da leitura em voz alta como estratégia de regulação metacognitiva. Portanto, a hipótese A não pôde ser refutada e a hipótese B foi refutada. Tendo em vista os dados reveladores da verbalização, a abordagem didático-pedagógica proposta destaca a relevância de seu uso durante e após o processo cognitivo de compreensão textual do estudante de forma individual, em pares e em grupo.