Vozes extraordinárias: falas, gritos, sussurros, escritas e silêncios na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Contrera, Ana Clara dos Santos Rohem lattes
Orientador(a): Carvalho, Carlos Roberto de lattes
Banca de defesa: Motta, Flávia Miller Naethe, Mello, Marisol Barenco Corrêa de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13184
Resumo: O cotidiano na Educação Infantil é atravessado por inúmeras vozes carregadas de diferentes sentidos. Isto implica pensar, no entanto, o lugar destinado às práticas narrativas na sociedade e como estas acontecem. Implica saber que a narrativa oral e escrita possuem valores diferentes dependendo do contexto em que sejam aplicadas e, mesmo as narrativas escritas possuem pesos diferentes, dependendo da linguagem que apresentem. Os discursos produzidos academicamente têm acolhido e anunciado quais vozes deste cotidiano? Considerar que as narrativas que atravessam esse cotidiano são mais que simples historietas ou tentativas de conceituação científica levam-nos ao pensamento de que são elas fios condutores de experimentação. Portanto, o lugar de acontecimento das experiências formativas na Educação Infantil, seja para professores, crianças ou mesmo responsáveis, perpassam pela consciência de que uma palavra, ao encontrar com palavras outras, dotam de significados o universo circundante. O sujeito comum, ordinário, de que fala Michel de Certeau, através de sua relação com as narrativas incide sobre o cotidiano fazendo com que este seja sempre um acontecimento único, ou, em outras palavras, é o homem ordinário que através do uso da língua transforma o cotidiano também no lugar do extraordinário. Esse cotidiano extraordinário é perpassado ainda pela relação que cada sujeito constrói com a palavra e com a linguagem como um todo. Assim, a pesquisa aqui apresentada esteve sempre tensionada entre a relação da Professora/Pesquisadora com a literatura e com a linguagem mais usual da academia. Portanto, o modo de apresentar a pesquisa será através de um diálogo (ego e alter ego) entre a Professora e a Pesquisadora com inúmeras recorrências a diferentes estilos literários (contos, crônicas e narrativas) objetivando transparecer o máximo possível da polifonia investigada por Mikhail Bakhtin, que fundamenta teoricamente esta investigação