Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Rafael Sousa
 |
Orientador(a): |
Schmitt, Claudia Job
 |
Banca de defesa: |
Marques, Flávia Charrão,
Henriques, Flávio Chedid,
Kato, Karina Yoshie Martins |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11617
|
Resumo: |
A implantação de programas governamentais de descentralização do acesso à água figura como um capítulo importante na trajetória recente de intervenção estatal no semiárido brasileiro. Propostas pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), políticas como o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) vêm se consolidando, no período mais recente, como experiências inovadoras de participação social na formulação e implementação de políticas públicas. Nesse processo, diversas tecnologias desenvolvidas na interação histórica dos camponeses sertanejos com a natureza semiárida, ou geradas no âmbito de organizações da sociedade civil e instituições de pesquisa passaram a ser implementadas como alternativas ao modelo de intervenção estatal hegemônico, centrado nas grandes obras de “combate à seca”. A criação da ASA foi um ator fundamental no resgate, sistematização, valorização e desenvolvimento de muitas tecnologias alternativas ao modelo das grandes obras preconizado, historicamente, pelas políticas governamentais. A atuação da ASA e a crítica das organizações sociais ao modelo de combate à seca colocaram a questão tecnológica no centro do debate público. Em um contexto de crescentes interações entre a sociedade civil e o Estado, oportunizado pelo processo de democratização política do país, este debate alcançou os espaços de formulação de políticas. No presente trabalho, buscaremos compreender como se deu a trajetória de construção das políticas públicas orientadas pelo enfoque da convivência com o semiárido e como as interações estabelecidas entre o poder público e as organizações da sociedade civil influenciaram o processo de geração, disseminação e institucionalização das tecnologias propostas pelo P1MC e P1+2. Para tanto utilizamos enfoques situados no campo dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, com destaque para o construtivismo social e a Perspectiva Multinível. Em termos metodológicos, realizamos entrevistas com atores-chave, diretamente envolvidos no processo de formulação e implementação das políticas estudadas, analisando, também, um extenso conjunto de documentos, incluindo auditorias, minutas de reuniões e projetos técnicos e executivos referentes às diversas fases de implantação dos programas analisados. A pesquisa constatou que a interação entre a sociedade civil e o Estado na construção destas políticas é um espaço fundamental no processo de modelização e manualização das tecnologias de convivência com o semiárido |