Indução da ovulação em éguas durante o período de transição primaveril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Dutra, Gabriel Almeida lattes
Orientador(a): Jacob, Julio Cesar Ferraz lattes
Banca de defesa: Albuquerque, Flamarion Tenório de, Mello, Marco Roberto Bourg de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14187
Resumo: A antecipação da estação reprodutiva tem sido assunto de grande interesse frente ao seu impacto econômico. A fim de adiantar a primeira ovulação e antecipar a fase reprodutiva das éguas, o presente estudo teve como objetivo avaliar se a técnica de aspiração folicular transvaginal guiada por ultrassom durante o período de transição primaveril foi capaz de induzir a ciclicidade em éguas. O experimento foi realizado na área de Reprodução Animal do DRAA/IZ/UFRRJ, localizado no município de Seropédica-RJ, durante o período de transição primaveril (agosto-setembro) e início do período reprodutivo (outubro) de 2015. Foram selecionadas 27 éguas da raça Mangalarga Marchador, entre 5-12 anos, pesando entre 350- 450 kg e com histórico de atividade reprodutiva normal. As éguas selecionadas foram distribuídas aleatoriamente em três grupos: Grupo 1- Controle (G1; n=9), sem tratamento hormonal; Grupo 2- P4 + PGF2α (G2; n=9), 1500mg de progesterona de longa ação, por via intramuscular (IM), e sete dias após, 7,5 mg de Dinoprost (PGF2α), IM e Grupo 3- Aspiração folicular transvaginal + PGF2α (G3; n=9), maior folículo aspirado (>25mm) e sete dias após, 7,5 mg de PGF2α, IM. Previamente ao início do experimento, todas as éguas foram avaliadas por meio da ultrassonografia, sendo critério para o estudo a ausência de corpo lúteo, bem como a presença de folículos ovarianos >25mm. Posteriormente a esta avaliação, a atividade reprodutiva foi monitorada a cada 48 horas até o momento da segunda ovulação de cada égua. Quando avaliado o número de éguas que ovularam em até 16 dias após o início do tratamento, observou-se que os grupos G2 e G3 foram mais eficientes (P=0,0031) em acelerar a primeira ovulação da estação reprodutiva, quando comparados ao grupo G1. No grupo G1, após 16 dias do início do tratamento, nenhum animal ovulou. Nos grupos G2 e G3 oito (88,9%) e seis (66,7%) éguas ovularam, respectivamente. Analisando o número médio de dias a partir do tratamento até a primeira ovulação, os grupos tratados (G2 e G3) foram mais eficientes que o IX grupo controle na antecipação da primeira ovulação (P<0,001). Em relação aos grupos tratados, não houve diferença (P>0,05) entre eles. Foi possível verificar que os grupos G2 e G3 apresentaram uma antecipação da primeira ovulação em relação ao controle em média de 12,2 e 8,9 dias, respectivamente. As éguas foram acompanhadas até a segunda ovulação subsequente ao tratamento. Todas ovularam normalmente, demonstrando que nenhuma delas retornou ao período de transição e que a média de dias entre a primeira e a segunda ovulação, não diferiu entre os grupos (P>0,05). Os resultados do presente estudo nos permitem concluir que a técnica de aspiração folicular durante o período de transição primaveril, associado à administração de 7,5 mg de PGF2α sete dias mais tarde, foi capaz de induzir a ciclicidade em éguas. Este tratamento mostrou-se tão eficaz quanto o protocolo convencional de P4 + PGF2α, sendo viável utiliza-lo na rotina de centros reprodutivos. No entanto, mais estudos são necessários a fim de avaliar sua eficácia em folículos com diâmetros menores no período de transição primaveril, assim como sua associação aos indutores de ovulação.