Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Bianca Augusto de
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Orientador(a): |
Chaves, Douglas Siqueira de Almeida
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Banca de defesa: |
Chaves, Douglas Siqueira de Almeida,
Silva, Lúcia Helena Pinto da,
Leal, Ivana Correa Ramos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20202
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Resumo: |
As leishmanioses constituem um grupo de doenças parasitárias, classificadas como negligenciadas. São causadas por protozoários flagelados do gênero Leishmania e são transmitidas pela picada de fêmeas do vetor flebotomíneo infectado. Os protozoários do gênero Leishmania são parasitos pertencentes à família Trypanosomatidae e que apresentam duas formas evolutivas principais: promastigota, flagelada e extracelular, e amastigota, com flagelo diminuto, intracelular. Clinicamente, a doença se manifesta em 3 formas: visceral, cutânea e mucocutânea, podendo afetar tanto humanos quanto animais. Dentre as espécies relevantes no contexto epidemiológico, a Leishmania infantum, causa a forma mais grave da doença, denominada visceral. Os fármacos disponíveis atualmente não conseguem eliminar o parasito completamente e ainda podem gerar diversos efeitos colaterais aos pacientes, além de uma alta toxicidade e elevados custos. Os produtos naturais são fontes alternativas para o tratamento de diversas afecções e em diversos trabalhos, já vem sendo demonstrado atividade biológica leishmanicida em extratos e óleos essenciais de várias espécies vegetais. A espécie medicinal nativa brasileira, Schinus terebinthifolius Raddi, popularmente conhecida, como aroeira-vermelha, foi selecionada para este trabalho por possuir diversas aplicações terapêuticas e propriedades já conhecidas, como anti-inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana. Foram selecionados 4 genótipos da espécie (ARO030-F, ARO071-F, ARO078-F e ARO136-F) do banco de germoplasmas do Instituto Agronomia da UFRRJ. Foi realizada a cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas e detector de ionização de chama (CG-EM e CG-DIC), onde foram identificados como compostos majoritários para ARO030-F, o α-pineno (24,79%), o limoneno (17,26%) e o δ-2-careno (12,18%). Para ARO071-F, o α-pineno (36,74%), o ρ-cimeno (36,22%) e o óxido de cariofileno (5,54%). Para ARO078-F, o Sabineno (20,13%), Terpinen-4-ol (20,11%) e γ-terpineno (13,08%) e para ARO136-F, o β-pineno (16,53%), α-terpineol (12,29%) e trans-cariofileno (12,03%). Todos os OEs apresentaram atividade leishmanicida, e apresentaram para ARO030-F, ARO071-F, ARO078-F e ARO136-F, respectivamente, os valores de IC50 de 32,46, 20,52, 41,61 e 32,62 µg/mL sobre formas promastigotas de L. infantum. Foi avaliado também a viabilidade celular de macrófagos murinos da linhagem RAW 264,7 na presença dos óleos essenciais, onde todos os OEs apresentaram baixa toxicidade. Os resultados aqui explanados apontam uma possibilidade promissora para o uso do OE da espécie S. terebinthifolius como uma alternativa ao tratamento quimioterápico contra o parasito L. infantum e consequentemente, contra as leishmanioses viscerais e pós-calazar. |