Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Verona Borges
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Orientador(a): |
Oliveira, Gesilene Mendonça de
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Banca de defesa: |
Gamalho, Ormindo Domingues,
Torres, João Paulo Machado |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10916
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Resumo: |
O Brasil está entre os maiores produtores mundiais de pescado, sendo o estado do Rio de Janeiro um dos principais responsáveis por essa produção. Além disso, existe um aumento substancial do consumo de peixes, que está associado à suas propriedades nutricionais e funcionais, como o seu excelente perfil lipídico. As bacias hidrográficas do Rio de Janeiro sofrem hoje os impactos do uso excessivo de substâncias tóxicas, como os Pesticidas Organoclorados (OCPs), que devido à característica lipofílica, tendem a se acumular no tecido adiposo de organismos aquáticos, o que pode representar um risco a saúde de quem consome pescado oriundos de ambientes contaminados. Por sua vez, a exposição humana a estes poluentes está altamente relacionada a problemas de saúde, tais como o surgimento de câncer, problemas de imunidade e interferências endócrinas. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo investigar a ocorrência de OCPs em amostras de sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis), corvina (Micropogonias furnieri) e tainha (Mugil liza) capturados na Baía de Guanabara, localizada no estado do Rio de Janeiro, assim como estimar a ingestão de OCPs por meio do consumo de pescado. As análises foram realizadas no Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca da UFRJ, através de sua extração, purificação e posterior injeção em um sistema de Cromatografia Gasosa acoplada a um Espectrômetro de Massa por ionização química negativa (CG/EM/NCI) para determinar as concentrações de OCPs. Para estimar a ingestão desses compostos tóxicos foram utilizados os dados de contaminação das amostras, consumo do pescado pela população brasileira, assim como os dados de Ingestão Diária Aceitável (IDA) para cada contaminante. Todas as amostras investigadas estavam contaminadas com pelo menos um OCP, o Metoxicloro foi o pesticida encontrado em maior concentração nas três espécies estudadas e houve diferença significativa entre as espécies em relação a concentração de o,p’-DDD e o,p’-DDT, estes metabólitos do DDT foram encontrados em maior concentração nas amostras de sardinha-verdadeira em relação as amostras de corvina e tainha, entretanto não houve diferença significativa entre as espécies em relação ao ΣOCP. Ficou evidenciada a maior proporção do DDE entre os metabólitos de DDT, não sugerindo o uso recente deste pesticida, e do isômero ᵞ-HCH entre os demais isômeros de HCH, evidenciando a contaminação pelo uso de Lindano em relação ao HCH técnico. Não houve diferença significativa entre a contaminação das três espécies com base nos diferentes pontos de coleta, demonstrando que a localidade de aquisição do pescado não influenciou no teor dessas substâncias, uma vez que estas espécies ao longo de seu ciclo de vida percorrem grandes distâncias pela costa brasileira. Nenhuma amostra excedeu os limites máximos de resíduo estipulados para esses contaminantes tanto a nível de regulamentação nacional quanto internacional. Com base nos dados de estimativa de ingestão nenhuma espécie excedeu o parâmetro toxicológico de segurança, sendo assim, as três espécies estudadas são consideradas seguras para o consumo humano em relação a exposição a OCPs |