Religião, política e comunidade: emergência e politização do Movimento da Boa Nova

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Fabrício Roberto Costa lattes
Orientador(a): Bruno, Regina Angela Landim lattes
Banca de defesa: Mariz, Cecília Loreto, Comeford, John Cunha, Medeiros, Leonilde Servolo de, Lima, Marcelo Ayres Camurça
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9456
Resumo: O Concílio Vaticano II (1962-1965) difundiu novas concepções de práticas religiosas que estimularam transformações no catolicismo latino-americano. No bojo desse processo de mudanças no catolicismo, emergiu o Movimento da Boa Nova (Mobon), cuja dinâmica centra-se na promoção de cursos católicos para leigos com o objetivo de fornecê-los conhecimentos bíblico-religiosos e formar lideranças leigas estimuladas a viverem organizados em comunidades. Na década de 1980, lideranças leigas do Mobon se engajaram na militância em Sindicatos de Trabalhadores Rurais e na política partidária, sobretudo no Partido dos Trabalhadores (PT). O contexto de redemocratização, a visibilidade adquirida pelas lideranças religiosas pelos trabalhos nas comunidades e a concepção religiosa que enfatizava a mobilização social pela melhoria da sociedade, emanada pelo Mobon e grupos religiosos considerados progressistas, contribuíram para tal faceta. Esta tese é uma análise dos processos de politização do Mobon. Busquei compreender como o grupo religioso tornou-se politicamente importante. Procurei mostrar que a aproximação dos leigos junto aos missionários do Mobon e aos párocos foi fundamental para que estes assumissem as causas dos leigos nas disputas políticas. A capacidade de organização e mobilização dos grupos comunitários deu visibilidade ao Mobon, fato que contribuiu para a aproximação ao campo político. Defendo que a atuação das lideranças religiosas nos sindicatos e nos partidos consistiu numa consequência do engajamento religioso.