Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Eurich, Grazieli
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Orientador(a): |
Moreira, Vania Maria Losada
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Banca de defesa: |
Hill, Jonathan D.
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Mattos, Izabel Missagia de
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Machado, Paulo Pinheiro
,
Oliveira Filho, João Pacheco de
,
Almeida, Maria Regina Celestino de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10067
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Resumo: |
Esta tese investiga o conflito entre Kaingang e colonizadores na Vila da Pitanga, região central do Paraná, em 1923, e sua conexão com o monge São João Maria do Contestado. Por meio de uma perspectiva histórica de longa duração e do diálogo com a literatura antropológica sobre movimentos sociorreligiosos, destaca o entrelaçamento entre religião, cosmologia indígena e luta pela terra nos episódios analisados. Aborda o encontro dos indígenas com a religião católica nas reduções jesuíticas do séc. XVII, localizadas no atual território paranaense, e com o processo de catequização religiosa promovida pelo regime imperial no séc. XIX, salientando como os Kaingang reformularam suas estratégias diante da realidade do contato e as reivindicações que encaminharam ao poder estadual e ao Serviço de Proteção aos Índios (SPI), com vistas à demarcação de seus territórios. Analisa o contexto da confusa política de terras implementada pelo estado do Paraná, que não demarcou os limites da Terra Indígena Ivaí após a mudança do sítio original, em 1913, motivando o conflito na década seguinte. Finalmente, analisa a ação armada realizada pelos índios e seus desdobramentos: a invasão da vila em abril de 1923, o massacre dos índios em seus “toldos” e o julgamento dos indígenas pela Justiça. A tese mostra como os diversos encontros dos Kaingang com as missões e aldeamentos religiosos facilitou a adesão deles ao multifacetado movimento do Contestado, transformando a linguagem religiosa em um importante instrumento de expressão política e a luta pela terra em um movimento de cunho sociorreligioso. A pesquisa se apoia em um amplo repertório de fontes primárias, especialmente no processo crime no qual os Kaingang foram julgados pelo homicídio de moradores da vila e os jornais da época. Utiliza ainda mapas, relatórios governamentais e depoimentos dos índios Kaingang sobre o evento, colhidos por meio da História Oral |