Quem vê cara não vê orientação, nem a identidade de gênero: compreensões e práticas docentes frente às LGBTIfobia na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Luciano Marques da lattes
Orientador(a): Sales, Sandra Regina lattes
Banca de defesa: Carvalho, Carlos Roberto de, Silva Junior, Jonas Alves da, Fischman, Gustavob Enrique, Jesus, Jaqueline Gomes de, Silva, Sergio Luiz Baptista da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9923
Resumo: Lésbicas, gays, bissexuais, mulheres travestis, mulheres transexuais, homens transexuais e pessoa intersexo (LGBTI) sofrem a LGBTIfobia na escola. Mesmo sendo crime análogo ao racismo (STF, 2019), na escola essa LGBTIfobia se manifesta na deslegitimação de discursos que abordam a orientação sexual e a identidade de gênero enquanto categorias científicas. As pesquisas que teorizam sobre esses silenciamentos da escola com a LGBTIfobia se organizam através das pedagogias da sexualidade (LOURO, 1999), da omissão (DINIS, 2011), do heteroterrorismo (BENTO, 2011), do assujeitamento (ANDRADE, 2012) e do armário (JUNQUEIRA, 2013). Por outro lado, há professores que tornam a escola um espaço de sociabilidade LGBTI (RANNIERY, 2016) ou através de brechas e parcerias (SEFFNER e CAETANO, 2016; AMARO, 2018; SEPULVEDA e SEPULVEDA, 2018). O objetivo deste trabalho é investigar as compreensões de docentes sobre suas ações frente à LGBTIfobia na escola. O percurso metodológico está pautado nos pressupostos da pesquisa qualitativa em educação (GATTI e ANDRÉ, 2013) e se estrutura em três passos metodológicos: o primeiro passo se refere à receptividade de doze escolas para o projeto de investigação sobre “ações frente às LGBTIfobias na escola” quando observamos e participamos de 23 ações nesse sentido; o segundo passo diz respeito à análise de conteúdo (BARDIN, 2011) das práticas docentes que ocorrem nas escolas via projetos de trabalho, imersão no currículo, culminância de projeto, aconselhamento de estudantes e formação de professores; o terceiro passo se concretiza por meio de oito entrevistas com professores e professoras que desenvolveram projetos de trabalho e organizaram formação de professores de forma institucionalizada. A pesquisa revela a existência de uma Pedagogia de Aproximações LGBTI desenvolvida na escola. Tal Pedagogia se realiza na relação entre docentes, estudantes, gestores, sujeitos e instituições externas na criação de movimentos de aproximação das demandas dos estudantes, da sensibilização em gênero, identidade de gênero e orientação sexual; da institucionalização de atividades e práticas na escola; e do estabelecimento de parcerias com sujeitos externos à escola.