Mecanismos de transmissão de Xanthomonas vesicatoria (Dodge) Dye em tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Débora Alves Gonzaga da lattes
Orientador(a): Carmo, Margarida Goréte Ferreira do lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10006
Resumo: Com o objetivo de se avançar no estudo epidemiológico da mancha-bacteriana do tomateiro, foram avaliados os mecanismos de transmissão de Xanthomonas vesicatoria da planta para a semente e da semente para a planta. Foram feitos, ainda, estudos da morfologia da semente e partes da plântula ou muda (tegumento, radícula, hipocótilo e folhas cotiledonares e definitivas), através de técnicas de microscopia eletrônica de varredura. A transmissão de X. vesicatoria da planta para a semente foi avaliada a partir de isolamentos diretos e indiretos de partes de frutos maduros (mesocarpo, placenta, líquido placentário, água proveniente da primeira lavagem das sementes, sementes inteiras e sementes trituradas) em meio de cultura Nutriente Agar (NA). Os frutos foram obtidos em parcelas experimentais, conduzidas no setor de Horticultura da UFRRJ, e inoculados com a fitobactéria por diferentes métodos (atomização e injeção) combinados com diferentes regiões de inoculação (cacho floral, mesocarpo e placenta), durante as fases de desenvolvimento da planta (flor, frutos verdes, frutos de vez e frutos maduros). A transmissão da fitobactéria das sementes para as plântulas e mudas foi avaliada por isolamentos em meio NA a partir de partes da plântula ou muda (raiz, tegumento, hipocótilo, folhas cotiledonares e folhas definitivas), germinadas em diferentes substratos (papel germitest, areia e substrato comercial para mudas). A morfologia das sementes e partes das plântulas foi caracterizada por meio de observações em microscópio eletrônico de varredura utilizando-se amostras de sementes frescas (extraídas de frutos inoculados), de partes de plântulas ou mudas (raiz, hipocótilo, folha cotiledonar e folha definitiva) e de sementes inoculadas pelo procedimento a vácuo aos 7, 14 e 21 dias após a semeadura. Os tratamentos aplicados aos frutos verdes (inoculação por atomização, injeção na placenta e injeção no mesocarpo) foram mais eficientes no processo de transmissão da fitobactéria que os tratamentos aplicados aos frutos de vez e maduros. Observou-se, ainda, que X. vesicatoria coloniza o tegumento e todas as partes das plântulas e mudas durante o processo de germinação e emergência. O tegumento da semente foi caracterizado por um emaranhado de tricomas, com a base em forma de anel e cavidade, que podem servir como sítios protetores para patógenos inclusive X. vesicatoria. O processo de colonização das sementes de tomate por X. vesicatoria se caracteriza pela formação de biofilmes e fibrilas. Foram observados em radículas, de plântulas com sete dias de idade, e em raízes primárias, oriundas das radículas de mudas com 20 dias de idade, a presença de estômatos colonizados por X. vesicatoria. Sobre o hipocótilo, foram observadas poucas células de X. vesicatoria. Em várias amostras de sementes foi detectada a presença de bactérias endofíticas, que formavam agregados com características de crescimento agressivo, identificadas como Acinetobacter sp. Esta mesma bactéria foi detectada em vários testes de germinação e isolamento interferindo negativamente no desenvolvimento e recuperação de X. vesicatoria nos testes in vitro.