Um tempo entre secas: superação de calamidades sociais provocadas pela seca através das ações em defesa da convivência com o semiárido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mattos, Luís Cláudio Monteiro de lattes
Orientador(a): May, Peter Herman
Banca de defesa: May, Peter Herman, Schmitt, Cláudia Job, Romano, Jorge Osvaldo, Silva, Roberto Marinho Alves da, Duque, Ghislaine
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9478
Resumo: O período de seca que a região semiárida vive desde 2011, transcorre de maneira bem distinta do que em períodos passados. Ainda que a seca seja a mais intensa de que se tem notícia, seus impactos são significativamente menores e não há registros de calamidades sociais. Em parte, estes diferentes impactos sociais estão relacionados a uma nova concepção de resposta para o enfrentamento da seca, construídos gradativamente ao longo de pouco mais de 3 décadas de transformações na região. O trabalho de tese se concentrou em três campos de analise: (i) as características do campesinato que compõe a base social da região; (ii) as relações agroecológicas dos sistemas difundidos nos últimos anos; e, (iii) o processo de mobilização da sociedade civil e construção de novas políticas para o semiárido. A comparação entre os períodos de seca foi realizada com base em dados climatológicos disponíveis pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/INPE. A partir daí o trabalho se valeu de metodologias participativas de diagnósticos dos sistemas e subsistemas agroecológicos que remetem à convivência com o semiárido, demonstrando a importância do seu papel na composição dos estoques e na conversão do capital natural em outros ativos para as famílias agricultoras. A multifuncionalidade e pluriatividade do campesinato do semiárido cumpre um papel decisivo na estabilidade dos sistemas e na segurança alimentar da família. Por fim, o trabalho registrou parte da trajetória de construção de políticas públicas, em que as ideias relacionadas à convivência com o semiárido, e o foco na agricultura familiar, passaram a compor ações de enfrentamento da seca e promoção do desenvolvimento. A sociedade civil cumpriu um papel decisivo nesta trajetória.