Mapeamento participativo na identificação das áreas de risco à inundação no Bairro Parque Mambucaba, Angra dos Reis/RJ
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13751 |
Resumo: | O bairro Parque Mambucaba está localizado no município de Angra dos Reis em uma planície de inundação flúvio-marinha da bacia hidrográfica do rio Mambucaba, cuja a nascente situa-se na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, formando a mais extensa rede hidrográfica da Baía da Ilha Grande. Possui características importantes que indicam para a necessidade de conservação da biodiversidade, da história natural e humana, pois além de possuir a maior concentração da mata atlântica do Estado do Rio de Janeiro, foi palco do início da colonização do Brasil. Agregam-se às características naturais as intervenções antrópicas nesse ecossistema, relacionadas à ocupação irregular e a realização de modificações que alteraram profundamente o equilíbrio dos processos de transporte de sedimentos fluviais e escoamento superficial na zona litorânea. A interferência nesse geossistema provoca severas alterações nos atributos físicos, químicos, geológicos, biológicos e sociais. Essas modificações antrópicas contribuem para transformar a paisagem e ampliar os riscos ambientais relacionados às inundações. Tendo em vista a fragilidade ambiental e a vulnerabilidade social dos moradores do Parque Mambucaba, a questão principal dessa pesquisa é analisar, através do mapeamento participativo, quais as áreas suscetíveis aos riscos ambientais de inundações e como a população percebe esses riscos, já que há uma relação entre as áreas de maiores riscos e o contexto socioeconômico, comprovando a dependência sistêmica entre os aspectos físicos, o processo histórico de ocupação, políticas públicas e as áreas com maiores incidências de riscos ambientais, que são ampliados devido à percepção da população. A pesquisa foi desenvolvida utilizando a metodologia participativa na identificação das áreas de risco de inundações com os alunos do segundo ano Ensino Médio do Colégio Estadual Almirante Álvaro Alberto. Essa metodologia foi desenvolvida em três etapas: entrevistas sobre as percepções dos riscos, elaboração de um croqui para o reconhecimento do bairro e a produção do mapa participativo de riscos de inundações. Os resultados mostram que as áreas susceptíveis à inundação possuem condicionantes naturais e/ou construídos que indicam sua predisposição à ocorrência de acidentes futuros por ocasião de episódios pluviais intensos. São parte de um processo de construção social, pois esses foram produzidos a partir da ação da sociedade e é sobre ela que ele se manifesta. Estes são sentidos pelos indivíduos e, ao se manifestarem, podem provocar prejuízos às pessoas, aos bens, as estruturas e à organização do território. A percepção, o conhecimento e a consideração do risco podem variar em função da cultura, do nível de desenvolvimento econômico e mesmo do grupo social envolvido. |