Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Luiz Antonio Costa
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Orientador(a): |
Peracchi, Adriano Lucio |
Banca de defesa: |
Peracchi, Adriano Lucio,
Mello, Marco Aurélio Ribeiro de,
Nogueira, Marcelo Rodrigues |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10823
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Resumo: |
Cerca de 75% das espécies de morcegos da família Phyllostomidae já foram registradas se alimentando de frutos. No entanto, pouco se sabe sobre o quanto a disponibilidade desse alimento afeta a assembleia de morcegos dessa família. Este estudo teve como objetivos: listar as espécies de morcegos Phyllostomidae de remanescente de Floresta Atlântica, testar se existe variação sazonal na assembleia desses morcegos e avaliar se a disponibilidade de frutos maduros afeta a abundância, riqueza de espécies e dieta de morcegos frugívoros. O estudo foi realizado de setembro de 2011 a setembro de 2012 em duas trilhas do Parque Natural Municipal do Curió, localizado no município de Paracambi, RJ, Brasil. Redes de neblina permaneceram abertas desde antes do anoitecer até pouco depois do amanhecer e próximas às plantas com frutos carnosos para a captura dos morcegos. A oferta de frutos maduros foi verificada através da contagem de plantas com frutos e da estimativa da quantidade de frutos por planta. Foram registradas 18 espécies, 850 capturas de morcegos, das quais 84 foram recapturas, após um esforço amostral de 56.160 m².h. Myotis riparius (Vespertilionidae) foi a única espécie não Phyllostomidae capturada. Artibeus lituratus e Carollia perspicillata foram as espécies mais abundantes. A curva do coletor não se estabilizou sendo esperadas 21 ± 2 espécies de Phyllostomidae para a área de estudo. Foram registradas seis famílias, 19 espécies e 775 observações de plantas com frutos. Os meses chuvosos apresentaram o maior número de plantas com frutos, e maior riqueza e captura de morcegos frugívoros. Não foi verificada variação sazonal na abundância de frutos. A riqueza e a abundância de morcegos responderam positivamente ao número de plantas com frutos. Não houve relação da riqueza nem da abundância de morcegos com a abundância de frutos. Um total de 383 amostras fecais foi obtido, das quais 196 continham sementes. Vinte e dois tipos de frutos foram identificados, sendo um no nível de família, um no nível de subfamília, seis no nível genérico e 14 no nível específico. Piperaceae foi a família mais rica em número de espécies com frutos maduros. Neste trabalho foi evidenciado que a diversidade de espécies de plantas zoocóricas é um fator importante na determinação da abundância de morcegos frugívoros em um local. Além disso, através da presença de espécies bioindicadoras (e.g. Chrotopterus auritus) e ameaçadas de extinção (e.g. Chiroderma doriae), este estudo ainda ressalta que o Parque Natural Municipal do Curió é um remanescente que abriga considerado número de espécies de morcegos Phyllostomidae. |