Fungos micorrízicos arbusculares na cultura da mandioquinha-salsa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Martins, Carla Andreia da Cunha lattes
Orientador(a): Silva, Eliane Maria Ribeiro da
Banca de defesa: Silva, Eliane Maria Ribeiro da, Santos, Fausto Francisco dos, Pereira, Marcos Gervásio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10681
Resumo: Este trabalho foi realizado parte na região de Nova Friburgo-RJ (local 1), na Estação Experimental da Embrapa Agrobiologia-RJ (local 2), e na área experimental do Departamento de Solos na UFRRJ (local 3), em Seropédica-RJ. O delineamento experimental em N. Friburgo foi de blocos ao acaso com 4 repetições e 9 tratamentos com NPK (000, 010, 020, 100, 111, 120, 200, 210 e 222). O solo era um Nitossolo e a variedade usada foi a Amarela de Carandaí (AC). As coletas foram feitas aos 3, 5, 7 e 10 meses após o plantio (MAP). O objetivo foi verificar a ocorrência de fungos micorrizícos arbusculares (FMAs) na cultura de mandioquinha-salsa. Em Nova Friburgo, em 2004, a quantificação das bactérias diazotróficas endofíticas em plantas de mandioquinha-salsa foi avaliada através do método do Número Mais Provável. O objetivo foi verificar a presença de bactérias diazotróficas nas variedades AC e Amarela de senador Amaral (ASA). No local 2, o delineamento foi de blocos ao acaso com parcela subdividida. Os tratamentos foram 6 tipos de substratos (parcelas): 1 (substrato comercial - SC); 2 (75 % SC, 25 % areia); 3 (70 % composto orgânico - CO), 30 % areia); 4 (27 % solo argiloso - SA), 27 % CO, 46 % areia); 5 (40 % SA, 20 % CO, 40 % areia); 6 (20 % SA, 40 % CO, 40 % areia). As subparcelas foram: inoculação de Glomus clarum e o controle. A variedade foi AC e as coletas foram aos 20, 35 e 50 dias após o plantio. Este teve como objetivo selecionar o(s) substrato(s) que as plantas melhor se desenvolveram durante o pré-enraizamento. No local 3, o delineamento também foi de blocos ao acaso com parcela subdividida. As parcelas constituíram-se de duas misturas de FMAs e um tratamento controle. As subparcelas foram: 4 doses de fósforo (15, 40, 100 e 240 mg P kg de solo-1) e uma testemunha. A variedade usada foi AC e a inoculação constou de 200 esporos em suspensão por planta. O objetivo foi avaliar a eficiência dos FMAs no desenvolvimento e no estado nutricional das plantas de mandioquinha-salsa. Os resultados mostraram que no local 1, a maior porcentagem de colonização foi aos 3 MAP e o número de esporos apresentou-se relativamente elevado durante todas as coletas. Verificou-se a ocorrência de 29 espécies de FMAs pertencentes a seis gêneros nos diferentes tratamentos de adubação. A espécie predominante foi Glomus macrocarpum. Em 2004 no local 1, as duas variedades AC e ASA mostraram ser hospedeiras de bactérias diazotróficas naturais. Os gêneros observados foram Azospirillum, Herbaspirillum e Burkholderia, não sendo verificada a presença de Gluconacetobacter. O melhor desenvolvimento das mudas de mandioquinha-salsa foi verificado nos substratos com maior proporção de composto orgânico no local 2. O controle apresentou maior área radicular específica e comprimento radicular específico. A inoculação com FMA não contribuiu com aumento de matéria seca em nenhuma parte da planta (folha + pecíolo, propágulo e raiz). No terceiro local, os maiores teores de nitrogênio e fósforo foram obtidos com a mistura de espécies da coleção. Os FMAs nativos mostraram ser menos eficientes quanto ao crescimento das plantas. Descobriu-se que propágulos de mandioquinha-salsa carregam FMAs eficientes para a cultura.