Diversificação de cultivos de hortaliças associada ao uso de insumos para a fertilidade do solo, em sistema orgânico de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Batista, Nilcileny da Silva lattes
Orientador(a): Araújo, Ednaldo da Silva lattes
Banca de defesa: Espíndola, José Antonio Azevedo, Balieiro, Fabiano de Carvalho
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10413
Resumo: O manejo do solo em sistemas orgânicos de produção requer o uso de tecnologias que permitam manter e aumentar sua produtividade. Neste sentido, o consórcio de culturas e o uso de biocarvão, fertilização com adubos orgânicos e a inoculação com bactérias promotoras do crescimento de plantas estão entre as alternativas disponíveis que têm sido associadas ao aumento de produtividade. Num primeiro experimento, objetivou-se avaliar o consorcio de mandioca var. Ouro da Bahia, feijão (Phaseolus vulgaris) cv. Valente e milho (Zea mays) var. Eldorado em diferentes arranjos, sob manejo orgânico. O experimento foi conduzido no SIPA “Fazendinha Agroecológica Km 47”. O delineamento foi de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições a saber: Mandioca solteira, Mandioca + milho + feijão, Mandioca + milho, Milho + feijão e Milho solteiro. As parcelas tinham 6x5 m. com oito metros lineares de área útil para feijão e milho por parcela. Para mandioca, foram analisadas doze plantas por parcela. O plantio dos consortes ocorreu no mesmo dia do plantio da mandioca. O feijão foi colhido aos 90 dias e foram avaliados: produtividade, número de vagens por planta, número de grãos por vagem e peso de 100 grãos. O milho foi colhido aos 91, 92 e 100 DAP e foram avaliada produtividade de espigas, comprimento e diâmetro das espigas. Aos 354 DAP, colheu-se a mandioca para avaliar: produtividade de raízes e parte aérea, comprimento e diâmetro das raízes. Não houve diferença significativa para produtividade da mandioca, mais houve diferença para produtividade de feijão e do milho. O Índice de Equivalência de Área (IEA) de 1,26 para o consórcio mandioca e milho, indicou vantagem. Num segundo experimento, objetivou-se avaliar o potencial do biocarvão e sua interação com inoculantes e fertilização orgânica no desempenho de cultivos. Para tal, foi realizado um cultivo em sucessão onde, no primeiro ciclo foi utilizado o milho var. Caatingueiro e no segundo ciclo o feijão vagem cv. Alessa. As sementes de milho foram inoculadas com Azospirillum brasilense e as de feijão vagem com Rhizobium tropici e Azospirillum brasilense. O experimento foi um fatorial 2 x 2 x 2, com oito tratamentos entre combinações dos fatores biocarvão, adubação e inoculação (presença e ausência) e três repetições. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso. Aplicou-se a lanço15 Mg ha-¹ de biocarvão por parcela. A fertilização, com composto Bokashi, foi 113 kg ha-¹ de N. As parcelas tinham 3,0 x 3,50 m. O milho foi colhido aos 90 DAP e analisou-se: produtividade, peso de 100 grãos, comprimento e diâmetro de espigas. O feijão vagem foi colhido aos 60 DAP e foram analisados produtividade de vagem e parte aérea. Para o milho a adubação e a inoculação influenciaram massa de 100 grãos, nas condições estudadas. No feijão vagem, a inoculação influenciou massa seca de vagens e numero de vagens, o biocarvão influenciou número de vagens e massa seca de parte aérea na presença de adubação residual. Pode-se concluir que o consórcio, a inoculação, adubação orgânica são alternativas possíveis para incrementar produtividade de culturas, a renda e segurança alimentar do produtor