Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Letícia Maria Alves
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Orientador(a): |
Latorraca, João Vicente de Figueiredo |
Banca de defesa: |
Latorraca, João Vicente de Figueiredo,
Lima, Helena Regina Pinto,
Oliveira, José Tarcísio da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11316
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Resumo: |
A seringueira (Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg.), pertencente à família Euphorbiaceae, é a fonte mais importante de borracha natural no mundo. A existência de seringais próximos à idade de declínio da produção de látex torna a seringueira uma fonte potencial de matéria-prima para a indústria de produtos à base de madeira. Em algumas espécies de Euphorbiaceae pode ser observada a presença de lenho de reação. A característica anatômica mais marcante do lenho de reação em angiospermas é a presença de fibras gelatinosas, que são caracterizadas pela presença de uma camada espessa e altamente celulósica em seu interior, conhecida como camada gelatinosa. Esta camada apresenta características bioquímicas, mecânicas e ultraestruturais próprias. Existem poucos estudos sobre lenho de reação em espécies tropicais, sobretudo em seringueira. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar caraterísticas anatômicas e histoquímicas do lenho de reação em seringueira, com destaque para as fibras gelatinosas. Foram amostradas três árvores provenientes de plantio comercial, das quais foram coletados discos da altura correspondente à metade do fuste e neles identificadas a região de lenho de reação e lenho oposto, para fins de comparação. Foi visto que seringueira desenvolveu fibras gelatinosas tanto no lenho de reação quanto no lenho oposto, sendo a proporção maior neste último. Imagens feitas com microscópio óptico e microscópio eletrônico de varredura (MEV) mostraram as diferentes espessuras da camada gelatinosa, que pode apresentar até três lamelas. Os diâmetros tangenciais de poros do lenho de reação (171,1 µm ± 38,16) foram maiores que os do lenho oposto (164,7 µm ± 35,07). Os poros das seções transversais com fibras gelatinosas (169,0 µm ± 35,02) foram menores que nas seções com fibras normais (175,5 µm ± 38,95). Comprimentos de fibra normal e fibras gelatinosas foram mensurados nos dois lenhos e foi visto que as fibras gelatinosas do lenho de reação (1318 µm) foram maiores que as do lenho oposto (1290 µm). Pelo teste de Wiesner e microscopia de fluorescência ficou evidenciado que as fibras gelatinosas apresentam camada S2 lignificada. Pelo teste de Mäule há indícios da presença de unidades guaiacílicas no lenho de reação e no lenho oposto, entretanto, recomenda-se utilização de outras metodologias para identificar melhor os componentes químicos da parede celular. Estas diferenças anatômicas e químicas afetam diretamente as propriedades da madeira e, consequentemente, seu uso final. |