O terceiro lado da fronteira. Processos e transformações dos espaços agrários no pantanal: dois estudos de caso em comunidades da Bolívia e Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Angulo, José Luis Gutiérrez lattes
Orientador(a): Alimonda, Héctor Alberto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9497
Resumo: Esta pesquisa foi realizada no Pantanal, na região fronteiriça que abrange os territórios da Bolívia (SCZ) e Brasil (MS), focando duas comunidades: camponesa e indígena respectivamente. Partindo da abordagem de que o Pantanal é um sistema ou organismo vivo , ponderou-se necessário distinguir o maior numero de unidades que compreendem esse sistema, o que influenciou na seleção de duas unidades (comunidades) que se mostrassem contrastantes entre si. O intuito principal foi conhecer a capacidade de aceitação dos processos agrários implantados à população local, mas, também distinguir os intrincados processos comunitários que fazem que uma política ou projeto seja aceito ou rejeitado e o quê os atores locais internalizam no momento em que acontece esta interação. Os resultados obtidos mostraram que os fatores que influenciaram a aplicação dos programas foram as contradições ou ambigüidades dos próprios programas que não concebem o desenvolvimento como uma maneira definitiva de resolver o problema da apropriação do território. Soma-se ainda incompreensão dos projetistas do desenvolvimento que consideraram a região como uma fronteira fácil de vencer, da mesma maneira que se faz, por exemplo, nos planaltos ou no cerrado. Em conseqüência, deve ser ponderado que esta região ainda que fortemente humanizada (pela escolha do gado, das culturas e pela introdução do processo tecnológico de criação e cultivo) tem seu peso maior nas relações físicas, biológicas e culturais, o que a torna uma entidade que deve ser preservada.