Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Diana do Amaral
 |
Orientador(a): |
Silva, Bruno Ricardo Soares Alberigi da
 |
Banca de defesa: |
Silva, Bruno Ricardo Soares Alberigi da
,
Bendas, Alexandre José Rodrigues
,
Almeida, Flavya Mendes de
,
Fernandes, Julio Israel
,
Lanna, Leonardo Lara e
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
|
Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19845
|
Resumo: |
O hipercortisolismo espontâneo é uma afecção endócrina caracterizada pela produção excessiva de cortisol pelo córtex da adrenal. O excesso de cortisol pode causar disfunção em diferentes sistemas orgânicos como o respiratório, e diversos mecanismos estão envolvidos nas manifestações clínicas do hipercortisolismo associadas ao sistema respiratório. No entanto, as alterações respiratórias, embora comuns, são pouco estudadas nesses casos. Os altos níveis de glicocorticóides séricos promovem: i) fraqueza dos músculos respiratórios; ii) acúmulo de gordura torácica e abdominal; iii) hepatomegalia; iv) ocorrência de mineralização distrófica em diferentes segmentos do sistema respiratório e; vi) fibrose pulmonar. E ainda, pode predispor ao tromboembolismo pulmonar devido ao aumento dos fatores de coagulação. Manifestações clínicas como tosse, dispnéia, cianose e intolerância ao exercício são comumente observadas em cães portadores de hipercortisolismo espontâneo. O diagnóstico pode ser feito pelo teste de supressão por baixa dose de dexametasona ou pelo teste de estimulação pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Já o diagnóstico das alterações pulmonares pode ser evidenciado por meio de radiografia torácica ou tomografia computadorizada do tórax. Objetivando-se determinar as alterações pulmonares mais frequentes em cães portadores de hipercortisolismo e suas consequências clínicas, 21 cães portadores de hipercortisolismo foram submetidos a avaliação de histórico e sinais clínicos, exame físico respiratório e radiografia torácica. A análise estatística foi realizada para verificação de frequência, análise de risco e normalidade. As radiografias foram realizadas por meio de revelação digital e analisadas por radiologista certificado, utilizando-se parâmetros como diâmetro dos brônquios principais, padrões pulmonares, tamanho do tronco pulmonar e artérias pulmonares. Os sinais clínicos respiratórios mais frequentes foram ronco (61,9%), tosse (57,1%) e cansaço (52,4%). Dois tutores relataram presença de dispneia e um de cianose. No exame físico, somente um animal não apresentou alterações, enquanto a maior frequência de alteração observada foi alteração de ausculta pulmonar (95,2%). O escore de condição corporal foi avaliado como alterado em 95% dos animais e houve correlação entre escore corporal e cianose e presença de alteração na ausculta pulmonar, ambos apresentando mesmo nível de significância e risco (p=0,02950; OR=0,000). Também houve correlação moderada (r=0,571) do peso com a frequência respiratória. As alterações radiográficas foram evidenciadas em 47,5% dos animais com maior frequência de padrão bronquial (70%). A avaliação da artéria pulmonar lobar caudal foi realizada em separado, e esteve alterada em 71,4% dos animais. Foi realizado teste de correlação de Spearman que demonstrou correlação moderada (r=0,571) do peso com a frequência respiratória. No presente estudo, foi possível observar que cães com excesso de cortisol manifestaram alterações respiratórias e no exame radiográfico. O escore corporal elevado nos pacientes com hipercortisolismo foi significativo para exacerbação de sinais clínicos de cianose e taquipneia. As alterações radiográficas em cães com hipercortisolismo foram frequentes, mas outros estudos, com técnicas de imagem avançada são necessários para confirmação destas alterações relacionadas ao hipercortisolismo. |