Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Ingrid Annes
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Orientador(a): |
Souza, Miliane Moreira Soares de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11839
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Resumo: |
A resistência antimicrobiana é um problema complexo, que envolve inúmeras espécies bacterianas e diferentes mecanismos, podendo ter sua transmissão facilitada pelo estreito convívio entre animais de companhia e seus proprietários. A prática de prescrever antibioticoterapia sem prévia identificação do agente etiológico e do seu perfil de suscetibilidade associada ao amplo uso de antimicrobianos aplicados à medicina humana representam potenciais fatores para a disseminação de cepas resistentes em reservatórios animais. A azitromicina, já amplamente utilizada no tratamento de infecções em humanos, apresenta atividade bacteriostática contra uma gama de agentes infecciosos e está disponível atualmente para a clínica veterinária brasileira como alternativa de tratamento em processos infecciosos dos sistemas genito-urinário, respiratório, oral e pele. Dessa forma, o presente estudo avaliou o espectro de atividade da azitromicina, em diversos processos infecciosos bacterianos de animais de companhia, estabelecendo o patógeno prevalente, seu perfil de suscetibilidade aos fármacos de eleição, além de determinar a CIM da azitromicina e avaliar a possível resistência cruzada em Staphylococcus spp. oxacilina e azitromicina-resistentes, de forma a obter dados significativos para a construção do quadro real de resistência à azitromicina em nossa região, para que seu uso represente uma alternativa terapêutica confiável em Medicina Veterinária. As amostras estudadas foram coletadas de diferentes processos infecciosos de cães e gatos, tais como, otites externas, piodermas, infecções do trato genito-urinário, respiratório, cavidade oral e da mucosa conjuntival. Os agentes bacterianos mais prevalentes foram Staphylococcus spp. coagulasepositivos, seguidos pelas enterobactérias, Staphylococcus spp. coagulase-negativos e Pseudomas spp. De modo geral, os isolados foram mais sensíveis a ampicilina+sulbactam, gentamicina, fluoroquinolonas e algumas cefalosporinas. A azitromicina apresentou percentuais de resistência significativos, com exceção dos isolados de infecções do trato urinário. Diferentes testes foram utilizados para avaliação do perfil de atividade da azitromicina dentre estes, a Difusão em Disco e a Microdiluição em Caldo, detectaram resistência em 48,6% e 55% dos isolados de Staphylococcus spp., respectivamente e 55,3% e 72,7% dos bastonetes Gram-negativos. A CIM50 para S. aureus foi 4,0 μg/mL, para S. intermedius 1,0 μg/mL, Staphylococcus spp. coagulase-negativos ≥512 μg/mL e bastonetes Gram-negativos 256 μg/mL. Em nove isolados (15%) de Staphylococcus spp. resistentes à oxacilina e mecA positivos foi possível também detectar resistência à azitromicina. Logo, a investigação laboratorial de doenças bacterianas é necessária para identificar o agente etiológico e determinar a suscetibilidade aos antimicrobianos a fim de selecionar o fármaco ideal e limitar o desenvolvimento de resistência, uma vez que bactérias resistentes podem ser transmitidas entre animais e desses para o homem, como já observado em isolados de Staphylococcus spp. resistentes à oxacilina. O desenvolvimento de resistência a azitromicina aponta para a necessidade de estudos que forneçam dados confiáveis a respeito do perfil de atividade desse fármaco de forma a contribuir na terapêutica veterinária sem causar impacto no desenvolvimento e disseminação de cepas resistentes. |