Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Erick Esteves de
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Orientador(a): |
Ferreira, Ana Paula
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Banca de defesa: |
Hottz, Eugenio Damasceno
,
Brugiolo, Alessa Sin Singer
,
Fonseca, Denise Morais da
,
Carvalho, Wanessa de Araújo |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9341
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Resumo: |
Asma e obesidade são doenças que acometem um número crescente de indivíduos. A concomitância das mesmas é razão de preocupação, tendo em vista que indivíduos obesos apresentam uma maior taxa de exacerbação da asma, são mais resistentes aos tratamentos convencionais e apresentam um fenótipo distinto da doença. A ocorrência de neutrofilia, em detrimento da eosinofilia; associado a baixos níveis de IgE é uma característica de obesos-asmáticos. Entretanto, pouco se sabe sobre a influência da obesidade na reposta imune em órgãos linfoides periféricos durante o desenvolvimento da asma alérgica, principalmente sobre os principais componentes dos centros germinativos, linfócitos B e T foliculares (TFH). Além disso, estudos tem buscado desenvolver tratamentos mais eficazes pra esse subgrupo de pacientes. Dentre essas alternativas o uso de antibióticos macrolídeos, como a azitromicina pode ser uma forma de tratar casos de asma resistente, que apresentem um perfil neutrofílico. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da obesidade sobre os mecanismos envolvidos na imunopatogênese da alergia pulmonar experimental induzida por OVA/HDM, bem como avaliar o efeito da azitromicina nesses modelos. Além dos parâmetros histológicos, dosagem de citocinas e avaliação da função pulmonar, também foi avaliada por imunofenotipagem a composição da população de células nos órgãos linfoides periféricos, durante a reposta alérgica. Foi observado um dano à resposta imune em animais obesos alérgicos desde o epitélio, com a menor produção de IL-25 e TSLP, associada a menor ativação e migração de células dendríticas para os linfonodos. Nos órgãos linfoides periféricos foi observado um perfil diferenciado de resposta, com regulação de células B e TFH, e maior diferenciação de células T foliculares regulatórias. Além disso, esses órgãos apresentaram respostas alérgicas distintas, com uma maior influência da obesidade no baço, promovendo a polarização para TH17; e exacerbação do perfil TH2 nos linfonodos. Essas modificações refletiram nos menores níveis de IgE e aumento de IgG2a. Nos pulmões houve aumento de neutrofilia e redução da eosinofilia, associado a menor produção de CCL11. O tratamento com azitromicina reduziu muitos parâmetros relacionados à asma, dentre eles, a neutrofilia, a resposta TH17, bem como a expressão de fatores quimioatraentes para neutrófilos, como KC e MIP-2; além da hiperresponsividade brônquica em obesos-alérgicos. Em adição, o tratamento também reduziu a frequência de LB e TFH nos linfonodos desses animais, acompanhado da menor frequência de células TH produtoras de IL-4, IL-17A e IFN. Somado a isso, animais obesos alérgicos tratados apresentaram maior expressão de mir-155 nos pulmões. Entretanto, o tratamento não afetou a resposta de perfil TH2/eosinofílica, além de agravar a resposta neutrofílica em alérgicos magros. Esses resultados demonstram que a obesidade afeta o desenvolvimento da asma nos órgãos linfoides periféricos, e ainda, que a azitromicina foi eficiente no tratamento do perfil neutrofílico de resposta, característico de um quadro alérgico agravado pela obesidade. |