Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriela de Souza da
 |
Orientador(a): |
Pinho, Camila Ferreira de
 |
Banca de defesa: |
Pinho, Camila Ferreira de
,
Machado, Aroldo Ferreira Lopes
,
Borella, Junior
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
|
Departamento: |
Instituto de Tecnologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13314
|
Resumo: |
A utilização de misturas em tanque tem sido empregada como prática no manejo fitossanitário das culturas agrícolas. Dentre as misturas, destaca-se o uso de diferentes produtos fitossanitários, como herbicidas, fungicidas, inseticidas, além daqueles destinados a nutrição mineral. Porém, quando se realiza a mistura de diferentes moléculas em tanque, podem ocorrer interações físico-químicas na calda de aplicação, reduzindo a eficiência dos produtos e/ou causando fitotoxicidade nas culturas. O objetivo do trabalho foi avaliar a interação entre diferentes produtos fitossanitários (herbicidas, fungicidas, inseticidas e nutrição) recomendados para as culturas da soja e do milho, bem como seus efeitos sobre as culturas. Foram realizados dois experimentos: I- avaliação das misturas em laboratório e II- seletividade para as culturas. Ambos ensaios foram conduzidos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. O experimento I foi realizado com dois volumes de calda (150 L ha-1 e 80 L ha-1 ) e um tipo de água (água dura padrão). As avaliações de interação físico-química das misturas foram realizadas de acordo com a norma brasileira NBR 13875 (Agrotóxicos e afins – avaliação de compatibilidade físico–química). Para o EI os produtos fitossanitários utilizados para a cultura da soja foram: herbicidas – Verdict® , Pacto® , Flex® , Zapp Pro® , fungicidas – Fox® , Orkestra® , Dithane® , inseticidas – Benevia® , Engeo Pleno® , Exalt® e nutrição – Kellus Inox® , Kellus Manganese® . Para a cultura do milho foram utilizados: herbicidas – Sanson® , Soberan® , Callisto® , Zapp Pro® , fungicidas – Priori Xtra® , Nativo® , Tebufort® , Aproach Prima® , inseticidas – Connect® , Lorsban® 480 BR, Karate Zeon® e nutrição – Kellus Manganese® , Kellus Blindex® . As misturas que não apresentaram incompatibilidade em calda foram selecionadas para o experimento II. No EII as unidades experimentais foram compostas por vasos de 5 litros com solo classificado como planossolo háplico eutrófico, contendo duas plantas por vaso, sendo a aplicação realizada no estádio fenológico V6 da cultura do milho e V5 da soja. Aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação das misturas (DAA) foram feitas avaliações de fitotoxicidade, fluorescência transiente da clorofila a, teor de clorofila, comprimento de parte aérea e massa seca da parte aérea das plantas. Os dados obtidos no experimento foram submetidos a ANOVA (p ≤ 0,05), e quando significativo submetidos ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade (p ≤ 0,05). As incompatibilidades entre as misturas para ambas as culturas ocorreram principalmente pelas diferentes formulações dos produtos, onde a maioria se apresenta muito concentrada quando em mistura, e pela redução do volume de calda, sendo está acentuada para a cultura da soja que apresentou 54% de incompatibilidade apenas com a redução. A cultura da soja não sofreu fitotoxicidade significativa. Porém, a cultura do milho sofreu fitotoxicidade de até 30%, sendo observada recuperação das plantas aos 28 DAA. Essa fitotoxicidade foi ocasionada pelos diferentes produtos em mistura na calda, principalmente pelo sinergismo causado pela mistura dos herbicidas nicosulfuron e tembotriona com o inseticida clorpirifós, e o fertilizante Kellus Manganese® que agravou as incompatibilidades em alguns tratamentos. Os resultados deste estudo definiram quais produtos fitossanitários recomendados para as culturas da soja e do milho não devem ser misturados na mesma calda de aplicação, devido a problemas de incompatibilidade ou possibilidade de danos as culturas. |