Caracterização química e atividade antioxidante do extrato aquoso da salsa crespa (Petroselinum crispum var. crispum)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Epifanio, Neide Mara de Menezes lattes
Orientador(a): Chaves, Douglas Siqueira de Almeida lattes
Banca de defesa: Chaves, Douglas Siqueira de Almeida, Castro, Rosane Nora, Miranda, Rogelio Gregorio Pereda, Langassner, Silvana Maria Zucolotto, Pereira, Marcos Dias
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10256
Resumo: O estresse oxidativo, resultante do desequilíbrio entre a produção e eliminação de radicais livres, oriundos de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, tem grande importância nos processos de envelhecimento e morte celular. A ingestão de ervas condimentares, como substitutos do sal, tem sido estimulada pelo fato delas conterem compostos bioativos capazes de desativar os radicais livres. O objetivo deste trabalho foi determinar o teor de compostos fenólicos e flavonoides totais (método de Folin-Ciocalteu e Cloreto de Alumínio, respectivamente), avaliar a capacidade antioxidante (métodos do DPPH e FRAP), e promover uma triagem fitoquímica do extrato aquoso das folhas de Petroselinum crispum var. crispum (salsa) por CLAE-EM. Um alto teor de fenólicos (12,49 ± 1,70 mg GAE/g de extrato de salsa) e flavonóides totais (15,05 ± 2,20 mg de equivalentes de quercetina/g de extrato de salsa) foram quantificados na salsa, além de alta atividade antioxidante (EC50 - 15,50 mg.mL-1, método DPPH) e (189,8 mM Fe (II)/mg de extrato vegetal seco - método FRAP). Vinte e sete flavonoides glicosilados foram identificados no extrato, sendo a apiina, o composto principal; a partir da hidrólise ácida da apiina foi obtida a aglicona apigenina (90% de pureza) e ambas foras utilizadas para os ensaios in vivo com células de Saccharomyces cerevisiae. O extrato aquoso da salsa crespa mostrou baixa toxidez, porém revelou alto potencial antioxidante dose-dependente, principalmente no ensaio de peroxidação lipídica. O flavonoide glicosilado apiina também apresentou ação antioxidante nas células de levedura sob estresse oxidativo no ensaio de viabilidade celular (0,1 mM) e peroxidação lipídica (0,01 e 0,1 mM), enquanto apigenina foi levemente antioxidante, demonstrando resultados diferente aos já relatados anteriormente na literatura em ensaios invitro. A apiina mostrou ser o composto fenólico mais abundante no extrato, portanto, é provável que a atividade antioxidante da apiina esteja relacionada à capacidade antioxidante total da salsa.