Capacidade de sobrevivência do embrião de Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini, 1887) (Acari: Ixodidae) a diferentes períodos de exposição em temperaturas extremas em condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pinheiro, Michele da Costa lattes
Orientador(a): Famadas, Kátia Maria lattes
Banca de defesa: Piranda, Eliane Mattos, Queiroz, Margareth Maria de Carvalho, Arzua, Marcia, Azevedo, Thais Ribeiro Correia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12001
Resumo: A embriogênese é um dos eventos chave no desenvolvimento dos artrópodes, principalmente quando ela ocorre no ambiente, como é o caso dos carrapatos. Muito pouco se sabe sobre o desenvolvimento do embrião nos ixodídeos e, menos ainda, como o ambiente atua sobre esse processo. Dentre os fatores abióticos, a temperatura é sabida interferir principalmente no metabolismo, sendo muitas das vezes limitante ao desenvolvimento dos animais. Justifica-se então conhecer o papel da temperatura na embriogênese dos carrapatos, pois poderá ser mais um instrumento na formulação de estratégias para programas de controle. Visto sua importância e por desconhecimento sobre o seu desempenho frente às variações de temperatura que pode ocorrer ao longo de seu desenvolvimento embrionário, foram simulados experimentos em condições controladas de laboratório, onde se submeteu o embrião de Rhipicephalus (Boophilus) microplus a diferentes tempos de exposição em temperaturas extremas. Fêmeas ingurgitadas colhidas de bovinos foram limpas, pesadas, identificadas, acondicionadas em placas de Petri e transferidas para câmera climatizada tipo BOD. Após o terceiro dia de postura foram formados, em placa de Petri, nove grupos (18, 27 e 32ºC/ 6, 12 e 24 e 36 horas) de massa de ovos que permaneceram a 27ºC. No 15º dia de incubação as placas foram colocadas nas suas respectivas temperaturas/horários. De cada tratamento, alíquotas diárias de oito mg de ovos foram coletadas e fixadas em etanol 70%. Posteriormente os ovos foram clarificados em lactofenol e novamente retornados para etanol 70%. Por montagem temporária em lâmina escavada coberta por lamínula e auxílio do microscópio óptico foi feito o exame para presença e percentual de ovos com saco retal, primeira estrutura resultante do desenvolvimento embrionário. As imagens dos ovos de R. (B.) microplus foram obtidas através de equipamento de câmara de vídeo acoplado a um microscópio de luz com aumento final de 100x, respectivamente no intuito de registrar possíveis alterações na morfologia do ovo ou embrião. O período de incubação dos ovos de R. (B.) microplus usados neste experimento foi de até 24 dias. Em todos os tratamentos foi possível observar a presença do saco retal através da microscopia óptica. A partir dos resultados obtidos neste experimento pode-se concluir que embriões de R. (B.) microplus expostos por longos períodos às temperaturas extremas não tiveram seu desenvolvimento embrionário interrompido.