Eficácia de aditivo anti-micotoxina à base de parede celular de levedura em leitoas intoxicadas com duas concentrações de zearalenona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Leitão, Danielle Fabião Gomes Moreira lattes
Orientador(a): Rosa, Carlos Alberto da Rocha lattes
Banca de defesa: Aronovich, Marcos, Matos, Nelson Jorge Moraes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11963
Resumo: A suinocultura se consolidou como uma importante fonte de renda para o Brasil, onde a produção e a exportação da carne suína pelo Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial. Portanto, qualquer agravo a sanidade dos animais afeta negativamente a produção de carne, trazendo muitos prejuízos aos produtores, às indústrias e a economia. Neste contexto, as micotoxinas, que podem estar presentes em grãos e cereais, representam um problema mundial para a saúde dos suínos e demais animais de produção, causando efeitos deletérios a saúde dos que a consomem. Micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por alguns fungos filamentosos, que crescem naturalmente em grãos e cereais. A zearalenona (ZEA) é uma micotoxina, produzida principalmente por Fusarium graminearum, sendo a espécie suína a mais sensível a este metabólito secundário. A ZEA causa uma série de problemas de ordem reprodutiva, estando relacionada ao hiperestrogênismo em leitoas. Medidas preventivas que impeçam o crescimento fúngico nem sempre são eficientes, sendo necessário o uso de aditivos anti-micotoxinas (AAM), que são produtos adicionados a ração, capazes de adsorver, biotransformar ou neutralizar as micotoxinas, impedindo o desenvolvimento da micotoxicose. A parede celular de Saccharomyces cerevisiae virou foco de inúmeros estudos, sendo utilizada como AAM, pois possui alta capacidade de ligação, e de adsorção às micotoxinas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de AAM à base de parede celular de levedura (PCL) em leitoas pré-púberes experimentalmente intoxicadas por ZEA. Foram utilizadas 36 leitoas pré-púberes da linhagem Topigs. A ZEA purificada foi acrescida em proporção conveniente a fim de se obter a concentração de 0,6 mg/kg e 0,25 mg/Kg de ZEA na ração. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, sendo os tratamentos constituídos por: T01 (dieta sem ZEA ou dieta base – DB) e T02 (DB + 0,2% de AAM), T03 (DB + 0,25 mg/Kg de ZEA) e T04 (DB + 0,25 mg/Kg de ZEA+ 0,2% de AAM), T05 (DB + 0,6 mg/Kg de ZEA) e T06 (DB + 0,6 mg/Kg de ZEA+ 0,2% de AAM). O período experimental foi de 21 dias. Foram calculados o peso vivo, conversão alimentar, ganho de peso, consumo de ração, volume vulvar, pesos relativos de fígado, trato reprodutivo total, conjunto útero-ovário-vagina e comprimento do trato reprodutivo. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas para os parâmetros zootécnicos, peso vivo e conversão alimentar, porém houve diferença para os parâmetros reprodutivos. As leitoas do T05 e T06 obtiveram as maiores médias relacionadas ao volume vulvar e peso do trato reprodutivo. Não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos para o peso relativo do fígado. A ZEA mostrou grande capacidade estrogênica nestas concentrações. O AAM foi eficaz na concentração de 0,25 mg/Kg de ZEA, porém não produziu o efeito anti-micotoxina desejado na concentração de 0,6 mg/Kg de ZEA, por provável saturação da molécula adsorvente