Da feira à cesta: a comercialização de produtos da Agricultura Familiar durante a pandemia de Covid-19 em Seropédica, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barros, Roberta de Souza lattes
Orientador(a): Dias, Anelise
Banca de defesa: Dias, Anelise, Fonseca, Maria Fernanda de Albuquerque da Costa, Darolt, Moacir Roberto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10385
Resumo: A Feira da Agricultura Familiar (FAF) na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, funcionou desde 2016 até o mês de março de 2020, quando foi interrompida devido à suspensão das atividades acadêmicas presenciais como parte de medidas sanitárias para preservar a saúde da comunidade acadêmica no contexto da pandemia de Covid-19. Tendo em vista a importância desses canais para a geração de renda e para a inserção social, foi criada de forma participativa - a Cesta da Agricultura Familiar (CAF) na UFRRJ. O objetivo do presente estudo foi descrever e analisar esta experiência de comércio eletrônico no período de isolamento social, apresentando as potencialidades e limitações dessa estratégia. A abordagem metodológica baseou-se em pesquisa bibliográfica, documental e social descritiva e entrevistas com 26 agricultores, produtores, processadores de alimentos e comerciantes, no trabalho chamados de fornecedores, realizadas por telefone e envio de formulários eletrônicos para consumidores, obtendo a resposta de 95 pessoas. Em 2020, o faturamento bruto da CAF foi de R$ 112.592,78 e somada a FAF, com seu retorno depois da suspensão de 5 meses devido a pandemia, o faturamento foi de R$ 155.517,78, valor próximo do faturamento da FAF em 2019. A junção da CAF + FAF representou uma variação positiva de 4,45% até 65,52% para os fornecedores com maior diversidade, oferta, volume e frequência, resultado fundamental visto que, para os fornecedores, houve aumento dos custos de produção (78%), de comercialização (60%) e diminuição da renda (60%) devido a pandemia. Para os consumidores, a pandemia modificou os hábitos alimentares, pois passaram a cozinhar mais em casa (80%), reduziram as idas aos supermercados (78%) e ficaram mais preocupados com alimentação e saúde (66%). A CAF foi uma estratégia de sucesso, capaz de contribuir expressivamente com a renda dos fornecedores no primeiro ano da pandemia, além de oportunizar acesso a alimentos de base agroecológica e localmente produzidos aos consumidores.