Avaliações mensais de estacas de Pinus como isca-armadilha para cupins subterrâneos em áreas de composições florísticas distintas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e avaliação de extratos botânicos como cupinicida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Santos, Marcus Nascimento lattes
Orientador(a): Menezes, Eurípedes Barsanulfo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13558
Resumo: Este trabalho foi realizado no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) onde foram desenvolvidos dois experimentos descritos em duas etapas. A primeira etapa teve como objetivos: avaliar mensalmente ao longo de 12 meses estacas de Pinus sp como isca-armadilha para cupins subterrâneos em três áreas de composições florísticas distintas no arboreto do JBRJ, nomeadas de cerrado-JB, gramado-JB e mata-JB, e verificar a influência dos fatores ou variáveis ambientais sobre o ataque as iscas de Pinus sp pelos cupins subterrâneos das espécies, Coptotermes gestroi (Wasmann) (áreas cerrado-JB e gramado-JB) e Heterotermes longiceps (Snyder) (área mata- JB), (Isoptera: Rhinotermitidae). A segunda etapa teve como objetivo avaliar extratos botânicos com ação bioinseticida para o controle do cupim subterrâneo, C. gestroi. As estacas foram enterradas em cada área em 6 blocos com três parcelas cada e mensalmente coletadas e substituídas ao longo de 12 meses. As estacas de Pinus sp foram previamente imersas em água destilada por três períodos (0, 24 ou 48 horas). Foram avaliadas as seguintes variáveis ambientais: luminosidade (manhã e tarde), temperatura do solo (manhã e tarde), temperatura relativa do ar (máxima e mínima), precipitação pluviométrica, umidade do solo, umidade relativa do ar, pH e Carbono (C) orgânico do solo. O ataque às iscas de Pinus sp pelos cupins subterrâneos ocorreram durante todo o ano e sem uma preferência do pinus sob diferentes períodos de imersão em água destilada. O pico do ataque às estacas ocorreu nos meses de março e setembro. Umidade relativa do ar, umidade do solo e precipitação pluviométrica tiveram correlação significativa com o ataque às estacas de Pinus sp pelos cupins subterrâneos. Entretanto, para C. gestroi essas variáveis ambientais tiveram correlação negativa com o ataque as estacas. Para H. longiceps a umidade relativa do ar teve correlação negativa e a umidade do solo positiva. O pH ácido dos solos das áreas estudadas pareceu ser propício às atividades de forrageamento dos cupins. A quantidade de C orgânico disponível no solo pareceu não ter influenciado a atividade de forrageamento das duas espécies de cupins. O ataque às iscas de Pinus sp pela espécie C. gestroi foi mais severo que o ataque por H. longiceps. Na segunda etapa do trabalho os cupins foram expostos a sete tratamentos com cinco repetições cada durante 20 dias. Os extratos aquosos das folhas de Melia azedarach, Tectona grandis, Carapa guianensis, Aspidosperma polyneuron, Myracrodruon urundeuva e Leucaena leucocephala, na concentração de 10%, foram impregnados em pedaços de papelão corrugado. Com exceção de L. leucocephala, cujo consumo do papelão foi menor, os demais extratos vegetais e a testemunha (papelão e água destilada) foram consumidos igualmente. A atividade inseticida dos extratos de M. azedarach, M. urundeuva e T. grandis foi responsável por 100, 100 e 95,38% de mortalidade de cupins, respectivamente. Os extratos de L. leucocephala, A. polyneuron e C. guianensis não apresentaram atividade inseticida para o controle de C. gestroi.