Seleção de substratos e fungos micorrízicos arbusculares para formação de mudas de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Gabriel Rocha dos lattes
Orientador(a): Silva, Eliane Maria Ribeiro da lattes
Banca de defesa: Silva, Eliane Maria Ribeiro da lattes, Arthur Junior, José Carlos lattes, Yon, Yakelin Rodríguez lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11278
Resumo: A inoculação de mudas de espécies arbóreas com fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) pode melhorar o crescimento no viveiro florestal e o desenvolvimento após o transplantio. Sendo assim, o objetivo geral desse trabalho foi selecionar substratos e comunidades de FMAs para a produção de mudas de espécies arbóreas, de modo que as mesmas tenham qualidade superior quando comparadas com as mudas em que não houve inoculação. Para isso, no primeiro capítulo, avaliou-se quatro substratos (RAD, SC1, ESTIPE e SC2) quanto à colonização micorrízica e a esporulação da comunidade de FMAs. Realizou-se semeadura direta de Brachiaria decumbens em tubetes 280 cm³ e inoculação com aproximadamente 110 esporos de uma mistura de FMAs. Verificou-se que o substrato RAD possuía grande número de esporos de FMAs nativos, e ampliou esse número após inoculação e cultivo da braquiária, mantendo alta diversidade e sendo mais conducente aos FMAs, e o substrato SC2 foi bastante conduscente aos fungos micorrízicos inoculados, mantendo alto número de esporos, alta taxa de colonização e alta diversidade de espécies de FMAs após o cultivo de braquiária. No segundo capítulo, avaliou-se o crescimento e a micorrização de mudas de angico, braúna e garapa produzidas em tubetes 280 cm³. Cada espécie compôs um experimento, instalado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4, com dois tipos de substratos: RAD e SC2, e quatro tratamentos: Controle sem inoculação, Controle sem inoculação adubado, Comunidade de FMAs selecionados e Comunidade de FMAs nativos. Verificou-se que as massas secas da parte aérea e do sistema radicular, área foliar, volume de raízes, colonização micorrízica, número de esporos e eficiência da inoculação. Os resultados obtidos indicaram que braúna e garapa não toleram o substrato SC2 adubado na ausência de FMAs. Em 60% das situações comparadas (variáveis e espécies arbóreas), as comunidades de FMAs não promoveram respostas diferenciadas no crescimento, mas a comunidade nativa superou a comunidade selecionada em 27% das situações e vice-versa em apenas 7%. Nas três espécies arbóreas não houve diferença na colonização micorrízica e na esporulação dos FMAs entre as comunidades selecionada e nativa. Angico foi a espécie que promoveu maior colonização e 14 esporulação de FMAs, e braúna foi a espécie onde a colonização e a esporulação foi menor. A partir da análise conjunta dos resultados, infere-se que as espécies florestais respondem de maneira diferenciada aos substratos, e a inoculação de comunidades de FMAs em mudas de espécies florestais arbóreas é capaz de promover melhorias no crescimento das mudas.